Celso Amorim ao 247: “Brasil faz antidiplomacia”

Ex-ministro das Relações Exteriores diz ter "pena" do Itamaraty, que está "desmotivado", segundo ele, durante o governo Michel Temer; "Como é que podemos imaginar que o Brasil, como maior país da América do Sul, se automarginalize na discussão sobre a Venezuela?", questiona; "Não é com condenações e estridências" que se resolve o problema local, avalia; o chanceler do governo Lula afirma ainda não ter nada contra a indicação de políticos para a pasta, mas acredita que essas pessoas "estão com outros interesses políticos"; sobre a Lava Jato, Amorim condenou a "publicidade espetacular de certas ações"; assista

Ex-ministro das Relações Exteriores diz ter "pena" do Itamaraty, que está "desmotivado", segundo ele, durante o governo Michel Temer; "Como é que podemos imaginar que o Brasil, como maior país da América do Sul, se automarginalize na discussão sobre a Venezuela?", questiona; "Não é com condenações e estridências" que se resolve o problema local, avalia; o chanceler do governo Lula afirma ainda não ter nada contra a indicação de políticos para a pasta, mas acredita que essas pessoas "estão com outros interesses políticos"; sobre a Lava Jato, Amorim condenou a "publicidade espetacular de certas ações"; assista
Ex-ministro das Relações Exteriores diz ter "pena" do Itamaraty, que está "desmotivado", segundo ele, durante o governo Michel Temer; "Como é que podemos imaginar que o Brasil, como maior país da América do Sul, se automarginalize na discussão sobre a Venezuela?", questiona; "Não é com condenações e estridências" que se resolve o problema local, avalia; o chanceler do governo Lula afirma ainda não ter nada contra a indicação de políticos para a pasta, mas acredita que essas pessoas "estão com outros interesses políticos"; sobre a Lava Jato, Amorim condenou a "publicidade espetacular de certas ações"; assista (Foto: Gisele Federicce)


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Por Gisele Federicce, 247 – Ministro das Relações Exteriores de 2003 a 2011, durante o governo Lula, Celso Amorim questiona se há realmente uma política externa no Brasil atualmente, quando questionado sobre o assunto pelo 247 na última sexta-feira 24, durante evento do PT sobre a Lava Jato em São Paulo.

"Qual política externa? Há uma?", perguntou. O diplomata disse ter "pena" do Itamaraty, que segundo ele está "desmotivado" durante o governo Michel Temer. "Como é que podemos imaginar que o Brasil, como maior país da América do Sul, se automarginalize na discussão sobre a Venezuela?", questiona.

O Brasil "se automarginalizou porque preferiu a condenação fácil", disse ele. "Não estou defendendo necessariamente tudo o que está ocorrendo no governo Maduro, isso é outro problema, mas se você quer ajudar a resolver, não é com condenações e estridências que você resolve. Isso é antidiplomacia", avalia.

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Sobre as indicações de José Serra e Aloysio Nunes para o ministério, ele diz não ter nada contra a nomeação de políticos. "O problema é que são pessoas, na minha impressão, que não estão com compromisso com a problemática com a qual eles estão tratando. Estão com outros interesses políticos", diz. "Vejo o Brasil se isolando internacionalmente", completa.

A respeito da Lava Jato, o ex-ministro da Defesa durante o governo Dilma defendeu que "é preciso fazer uma distinção entre o combate à corrupção, que é algo que o PT sempre fez e deve continuar a fazer, e a maneira como a operação Lava Jato foi conduzida, que evidentemente acabou ganhando foco político. Ganhou não, desde o início teve foco político muito claro".

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"Não é que as pessoas que cometeram crimes não tenham que ser punidas, elas têm que ser punidas", ressalta. "Mas você não pode destruir o capitalismo nacional", alerta. "Por outro lado, toda investigação tem que ser conduzida com os princípios dos direitos humanos", finaliza, criticando ainda "a publicidade espetacular de certas ações".

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