Delúbio Soares: “Lacerda recebeu R$ 1,2 milhão”
Revelação sobre o prefeito de Belo Horizonte foi feita pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, em evento com a militância petista em Salvador; ele reclamava do tratamento dado pela procuradoria aos réus do chamado mensalão; "Foi acusado quem tinha cargo, e não quem recebeu dinheiro”, reclamou o ex-dirigente do partido, réu no processo que será julgado no Supremo
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Minas 247 - O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), não é comumente citado como um dos réus do mensalão. Na época do escândalo, em 2005, o empresário do ramo de publicidade Marcos Valério, considerado o operador do mensalão, chegou a citar o nome do político, atribuindo a Lacerda o pagamento de R$ 457 mil para despesas de campanha do então candidato à presidência Ciro Gomes. O hoje prefeito de BH estava deixando, na época, a função de secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, pasta chefiada por Ciro.
Desde então, a associação entre Marcio Lacerda e o mensalão foi feita apenas pelo seu adversário nas eleições de 2008, Leonardo Quintão (PMDB). Mas a edição deste mês da revista Piauí, publicação mensal da Editora Alvinegra, traz uma frase atribuída ao ex-tesoureiro do PT Delúblio Soares que põe Lacerda centro do episódio:
“E o Marcio Lacerda, que era o tesoureiro da campanha do Ciro Gomes? Ele recebeu 1,2 milhão de reais na conta dele e ninguém falou nada”, questionou Delúbio, em evento para a militância petista em Salvador (BA). Ele reclamava de uma suposta seletividade da Procuradoria-Geral da República em relação ao mensalão, escolhendo os réus “com base em critérios políticos, e não técnicos”.
“Essa denúncia é seletiva. Foi acusado quem tinha cargo, e não quem recebeu dinheiro”, teria dito ainda o ex-tesoureiro petista, segundo a Piauí. Delúbio também questionou a inclusão na denúncia do nome do deputado Paulo Rocha, do PT do Pará, em contrapartida à exclusão do ex-presidente do PT baiano, Josias Gomes, que também teria recebido verbas e, ainda assim, não foi incluído entre os réus do mensalão.
Lacerda se defende lembrando que seu nome não foi citado no relatório final da CPI dos Correios, nem no inquérito da Polícia Federal.
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