Amorim sobe o tom contra Jackson. Que efeito terá?
A menos de três semanas da eleição, Eduardo Amorim (PSC) partiu para o embate mais direto contra o seu principal adversário, o governador Jackson Barreto (PMDB); no programa eleitoral desta segunda (15), Amorim colocou em prática estratégia desenhada por seus aliados de endurecer o discurso contra JB; arriscada, a atitude reposiciona o candidato, tornando-o mais firme, o que pode alcançar o objetivo esperado, que é o de desconstruir a imagem negativa que há sobre ele e lançar questionamentos sobre o seu oponente; porém, por ele aparecer agora mais agressivo, efeito pode ser contrário e elevar índices de rejeição; em 2º lugar nas pesquisas, candidato do PSC vai à cartada final; qual será a reação de Jackson?; e o que pensará o eleitor?; disputa esquenta
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Valter Lima, do Sergipe 247 – A menos de três semanas da eleição, o candidato a governador pelo PSC, Eduardo Amorim, partiu para o embate mais direto contra o seu principal adversário, o governador Jackson Barreto (PMDB). No programa eleitoral da noite desta segunda-feira (15), Amorim colocou em prática a estratégia desenhada por seus aliados de endurecer o discurso contra JB.
Arriscada, a atitude reposiciona o candidato, tornando-o mais firme, o que pode alcançar o objetivo esperado, que é o de desconstruir a imagem negativa que há sobre ele e lançar questionamentos sobre o seu oponente. Porém, por ele aparecer agora mais agressivo, o efeito pode ser contrário e elevar seus índices de rejeição. Em segundo lugar nas pesquisas, o candidato do PSC vai à cartada final.
No programa, Eduardo Amorim acusou Jackson Barreto de “fazer ataques contra sua família e de distorcer as coisas para agredir adversários e enganar as pessoas” e o chamou para o debate: “Vamos discutir de igual para igual. Vamos comparar a tua ficha política, profissional e até pessoal com a minha e ver quem realmente reúne condições éticas, morais e administrativas para governar o Estado”.
Em tom professoral, o candidato do PSC pareceu querer ensinar o adversário como agir politicamente. Candidato que se apresenta como o “novo na política”, Amorim quis se diferenciar de Jackson ao dizer que o oponente faz “uso de truques baixos”, que seriam típicos da “velha política”.
Ele então afirmou que estaria sendo vítima do “mesmo esquema” que JB teria montado contra outros políticos, como Albano Franco, João Alves, Maria do Carmo, Valadares, Almeida Lima e Marcelo Déda. Segundo o candidato do PSC, em recado ao adversário, “política é coisa séria e os eleitores querem o debate de ideias”.
De forma pouco convincente, Eduardo tentou se descolar da imagem do irmão, Edivan Amorim (PR), mas não passou verdade. Foi superficial na abordagem, pois não apresentou argumentos que comprovem sua autonomia. “O candidato a governador sou eu. Já disse isso milhares de vezes. Meu irmão é meu irmão e eu sou eu”, afirmou ele, num jogo de palavras de pouquíssimo significado efetivo.
Ainda pouco à vontade com as câmeras, Amorim simulou feições de raiva, revolta e riso de forma confusa, o que destoou, em algumas situações, do que ele falava em cada momento.
De forma geral, o programa desta segunda mostrou que Amorim está disposto a engrossar o discurso para se manter vivo na disputa. Resta aguardar os próximos programas para verificar se este será o tom que ele adotará a partir de agora. As próximas pesquisas dirão também se o eleitor concorda com a nova atitude do candidato do PSC.
E, claro, deve-se também esperar pela reação do adversário. Em primeiro lugar nas pesquisas, Jackson Barreto não deve mudar o tom, mas, pelo seu perfil, não ouvirá as acusações que Amorim fez calado.
Mesmo de forma muito tardia, a disputa eleitoral em Sergipe esquentou de vez.
Abaixo o programa eleitoral de Amorim na íntegra:
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