Em carta à Época, Kátia nega "Roteiro do Charme"
Acusada pela revista Época desta semana de viajar por nove países em "românticas missões" na companhia do namorado Moisés Pinto, a senadora Kátia Abreu (PMDB), candidata à reeleição, escreveu carta ao diretor de redação da revista, Hélio Gurovitz, indignada com a matéria; "É acusação gravíssima e leviana, não fundamentada em fatos e dados objetivos", diz; presidente licenciada da CNA, Kátia diz que nenhuma viagem que fez onerou o Senado e que as viagens estão relacionadas ao interesse do agronegócio; "Presido a CNA desde 2008 e jamais fui alvo de qualquer suspeição"; Kátia pede que Hélio Gurovitz publique a carta no mesmo espaço da matéria "O Roteiro do Charme"
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Tocantins 247 - A senadora Kátia Abreu (PMDB), candidata à reeleição pela coligação "A experiência faz a mudança", escreveu uma carta ao diretor de redação da revista Época, Hélio Gurovitz, protestando contra a reportagem "O Roteiro do Charme", publicada na edição desta semana da revista.
A reportagem assinada pelo jornalista Marcelo Rocha conta o que chama de "as românticas missões parlamentares" da parlamentar tocantinense a nove países na companhia do namorado, Moisés Pinto, presidente do Instituto CNA. Época diz que Kátia e o namorado viajaram a nove países entre fevereiro de 2012 e abril de 2014. "No total, foram quase três meses de ausência", afirma a revista. Segundo o periódico, nesse período o casal visitou, entre outros destinos, Washington e Boston, nos Estados Unidos; Frankfurt, na Alemanha; Xangai e Pequim, na China; Lima, no Peru; e Bruxelas, na Bélgica.
Na carta, Kátia classificou como "leviana" e "gravíssima" a reportagem afirmar que “são antigas as suspeitas de que Kátia usa o dinheiro da CNA e do Senado em proveito próprio”. "É acusação gravíssima e leviana, não fundamentada em fatos e dados objetivos, o que impede, inclusive, que me defenda. Nenhuma das viagens que fiz onerou o Senado. O cargo que o servidor Moisés Gomes ocupa na presidência do Instituto CNA não é remunerado e já o conheci no exercício de funções técnicas na entidade. Presido a CNA desde 2008 e jamais fui alvo de qualquer suspeição, reconhecida por ter dado à entidade uma projeção interna e externa na cena política como não tivera antes", diz a senadora.
Conforme a revista, Kátia foi acusada de usar a confederação, da qual era diretora em 2006, para bancar sua campanha ao Senado. Nas eleições de 2010, lembrou o impresso, nova acusação: desta vez, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) se manifestou favorável à cassação do mandato do deputado Irajá Abreu (PSD), filho da senadora, por receber recursos supostamente ilegais por meio da CNA para a sua campanha.
A senadora disse que todas as viagens que fez estão relacionadas ao interesse do agronegócio. "Encaminho em anexo algumas matérias da imprensa internacional – em veículos como The Economist, Financial Times, L’Express, Time, The Guardian, entre outros -, que demonstram claramente a eficácia e o sentido estritamente profissional dessas viagens, que incluem participação em debates em fóruns em que o Brasil, habitualmente ausente, não dava o contraponto quanto à suas políticas agrícolas e ambientais, em regra questionadas", diz a carta.
Kátia recusou-se a comentar sua relação com Moisés Pinto. "Não é da conta de ninguém", escreveu. "Mas com relação à minha ação pública, nada tenho a ocultar, nego cada acusação e desafio o repórter a provar qualquer uma delas", desafiou. Por fim, a congressista solicitou ao diretor da revista Época que a carta seja publicada com o mesmo destaque da matéria.
Clique aqui e leia na íntegra a carta da senadora Kátia Abreu.
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