Seduc anuncia eleição para diretores de escolas
Secretaria de Educação do Estado (Seduc), comandada por Adão Francisco, anunciou nesta quarta-feira, 4, em nota à imprensa, que pretende realizar eleições diretas para escolha dos diretores das escolas estaduais; segundo a secretaria, uma comissão de técnicos da já está trabalhando nos critérios e a realização do processo de escolha se dará para posse dos eleitos a partir de janeiro de 2016; "Realização de eleições diretas para diretores das escolas estaduais é um compromisso do Governo Marcelo Miranda", diz a pasta; um dia antes, o Sintet denunciou interferências políticas na escolhas dos diretores escolares
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Tocantins 247 - A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) anunciou nesta quarta-feira, 4, em nota à imprensa, que pretende realizar eleições diretas para escolha dos diretores das escolas estaduais.
Segundo a secretaria, uma comissão de técnicos da já está trabalhando nos critérios e prazos de todo o processo eleitoral e provimento dos cargos de diretores por via direta. A sistematização e realização do processo de escolha se dará para posse dos eleitos a partir de janeiro de 2016.
"A realização de eleições diretas para diretores das escolas estaduais é um compromisso do Governo Marcelo Miranda, para democratizar a escolha dos gestores das unidades escolares estaduais", diz a nota.
O anúncio veio um dia depois do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) denunciar intervenção política na escolha de diretores e coordenadores de escolas em varias regiões do estado. Segundo o sindicato, a indicação de diretores por deputados, prefeitos e aliados do governo resulta em desorganização pedagógica, descontinuidade de ações e projetos, distanciamento da comunidade escolar, politicagem desenfreada, perseguições, falta de estímulos no quadro de pessoal e desarticulação do projeto político-pedagógico.
"A intervenção está ocorrendo principalmente agora, que é época de escolha dos diretores das escolas. E os diretores que se aliaram, nas eleições passadas, à atual oposição foram ou estão sendo expurgados. O mesmo método está sendo aplicado a outros profissionais. Há municípios onde o cacique político local já tem até lista para indicar a diretoria, remover professores, trocar coordenadores pedagógicos, a secretaria geral e outros cargos.
Confira a íntegra da nota da Seduc:
"Quanto à solicitação deste veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que a realização de eleições diretas para diretores das escolas estaduais é um compromisso do Governo Marcelo Miranda, para democratizar a escolha dos gestores das unidades escolares estaduais.
No entanto, cabe informar que hoje não há qualquer regulamentação para o referido pleito, porém, uma Comissão da Seduc já está trabalhando nos critérios e prazos de todo o processo eleitoral e provimento dos cargos de diretores por via direta.
A Seduc ainda esclarece que pretende realizar a eleição para diretores das escolas em outubro deste ano, após a sistematização e disciplinarização do processo, para posse dos eleitos a partir de janeiro de 2016."
Confira a seguir a íntegra da nota do Sintet:
"SINTET REPUDIA INTERVENÇÃO POLÍTICAS NAS ESCOLAS ESTADUAIS
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins – SINTET repudia veementemente a atual situação por qual passam as escolas da rede estadual de ensino, com a aberrante e acintosa intervenção antidemocrática promovida pelos chefes políticos locais - uns se intitulam representantes do atual governo no município, outros são os prefeitos que querem garantir seu poderio e mostrar sua força política. Ambos os casos são emblemáticos saudosismos do método coronelista e do que de mais mesquinho advém dele.
A intervenção está ocorrendo principalmente agora, que é época de escolha dos diretores das escolas. E os diretores que se aliaram, nas eleições passadas, à atual oposição foram ou estão sendo expurgados. O mesmo método está sendo aplicado a outros profissionais. Há municípios onde o cacique político local já tem até lista para indicar a diretoria, remover professores, trocar coordenadores pedagógicos, a secretaria geral e outros cargos.
Isto é um acinte! Nós já sabemos os danos nocivos da ingerência política nas escolas: desorganização pedagógica, descontinuidade de ações e projetos, distanciamento da comunidade escolar, politicagem desenfreada, perseguições, falta de estímulos no quadro de pessoal e desarticulação do projeto político-pedagógico; tudo isso refletindo e interferindo diretamente no processo ensino-aprendizagem.
O SINTET reprova essas condutas e exige que o governo estadual cumpra a Lei nº 2.859/2014, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação da Rede Estadual e determina eleição direta para diretor de escola (Art. 37, III).
O SINTET luta por uma escola laica, de qualidade, com profissionais comprometidos e valorizados, com diretores escolhidos por um processo misto que leve em conta o mesmo ser efetivo da rede, com capacidade profissional e técnica comprovada, que apresente um projeto político-pedagógico construído em cima dos anseios da comunidade escolar e, principalmente, que seja eleito por esta mesma comunidade, por voto secreto e direto. Para os maus entendedores, chamamos isso de "democracia".
Então, é por isso que o SINTET lançou a campanha ELEIÇÃO DIRETA JÁ PARA DIRETOR DE ESCOLA, com o mote: "Diretor de Escola é um cargo de confiança. De confiança da comunidade escolar".
Que o atual governo não se mostre velho o suficiente para ser enquadrado pelos profissionais da educação como arcaico, de um passado sombrio e que teima em se manter latente.
Palmas-TO, 2 de Fevereiro de 2015.
A Direção
Gestão 2014-2017"
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