Caminhoneiros pedem a volta dos militares. E estão conseguindo

"Os grevistas já conseguiram, em parte, o que pretendiam: Temer chamou o Exército. Contra eles, está certo, mas, de repente, de tanto serem chamados para resolver pepinos os generais poderão dizer: espera aí, em vez de vocês nos chamarem de quinze em quinze minutos para resolver os pepinos que vocês criam, que tal entregar o poder para nós de uma vez?", diz o colunista Alex Solnik

"Os grevistas já conseguiram, em parte, o que pretendiam: Temer chamou o Exército. Contra eles, está certo, mas, de repente, de tanto serem chamados para resolver pepinos os generais poderão dizer: espera aí, em vez de vocês nos chamarem de quinze em quinze minutos para resolver os pepinos que vocês criam, que tal entregar o poder para nós de uma vez?", diz o colunista Alex Solnik
"Os grevistas já conseguiram, em parte, o que pretendiam: Temer chamou o Exército. Contra eles, está certo, mas, de repente, de tanto serem chamados para resolver pepinos os generais poderão dizer: espera aí, em vez de vocês nos chamarem de quinze em quinze minutos para resolver os pepinos que vocês criam, que tal entregar o poder para nós de uma vez?", diz o colunista Alex Solnik (Foto: Alex Solnik)


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O caso é o seguinte. A questão mais urgente, agora, não é tirar Parente da Petrobras; é tirar os caminhões dos bloqueios. É claro que a política de preços da companhia, com aumentos diários e abusivos precisa ser exterminada, mas todo o esforço agora tem que ser dirigido para o país voltar ao normal. Para voltar a ser normal ver as ruas cheias de ônibus ou parar num posto de gasolina e mandar encher o tanque.

Ou as cirurgias não serem canceladas porque o sangue parou num bloqueio dos caminhoneiros. Discutir agora quem provocou esse caos não adianta muita coisa. Eu quero saber é como vamos sobreviver por mais uma semana sem combustível – que é a previsão das chamadas autoridades. É claro também que esse movimento monstro, que eu nunca tinha visto nos 60 anos de Brasil que tenho, só foi possível porque temos um governante de segunda, o vice, no Palácio do Planalto. Para piorar a situação, o maior estado e a maior cidade do país são governados também por vices.

Todos os três – Temer, França e Covas - são marinheiros de primeira viagem. Agora, se a política de preços da Petrobrás é insana – e é - a reação dos caminhoneiros não fica atrás. Eles estão provocando uma situação que pode gerar, sim, a queda de Temer, esse inepto, esse vil, mas para em seu lugar colocar alguém pior. Os caminhoneiros não querem eleições, querem soluções rápidas, golpistas.

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O que esses caminhoneiros podem provocar é a volta dos militares ao poder, é o que pedem suas faixas. Eles quiseram derrubar Dilma, agora miram em Temer. Não porque Temer seja de esquerda, mas porque ele é de direita e os caminhoneiros (ou quem os lidera) são de extrema-direita. São fãs e eleitores de Bolsonaro. As pessoas que estão apoiando essa greve assassina achando que ela pode derrubar Temer e imaginam que derrubado Temer vamos respirar aliviados e tempos democráticos vão raiar no horizonte poderão ter uma desagradável surpresa.

Os grevistas já conseguiram, em parte, o que pretendiam: Temer chamou o Exército. Contra eles, está certo, mas, de repente, de tanto serem chamados para resolver pepinos os generais poderão dizer: espera aí, em vez de vocês nos chamarem de quinze em quinze minutos para resolver os pepinos que vocês criam, que tal entregar o poder para nós de uma vez?  

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