Descontruindo Bolsonaro

É muito fácil desconstruir esse estratagema criado a partir de uma fatalidade, desde que os marqueteiros reposicionem o crime praticado para a esfera devida, onde Bolsonaro se viu vítima de seu próprio discurso



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O agente causador do atentado contra Jair Bolsonaro responderá criminalmente pelo ato. Mas permanecerão incólumes todos os outros elementos motivadores dessa ação, responsáveis diretos pelo clima de instabilidade política em que vive o país. O relho de Ana Amélia, a propagação do ódio aos defensores dos Direitos Humanos, a descrença da nação diante de um judiciário que envergonha e afronta as Nações Unidas, os manipuladores a soldo da grande mídia, a omissão de entidades representativas da sociedade diante do descalabro institucional que golpeou a democracia e, por fim, a própria responsabilidade da vítima, que percorre o Brasil pregando fuzilamento de seus desafetos políticos.

Esse é o cenário político que envolve o caso da facada em Juiz de Fora. O fato em si, no entanto, deve ser compreendido pelas circunstâncias reais do ocorrido, que não difere em nada desses muitos entreveros que envolvem ativistas e skin heads pelo Brasil, com destaque para o grupo paramilitar conhecido como carecas do abc, que tem em Jair Bolsonaro uma espécie de líder espiritual dessa turma de pardos que se consideram arianos.

Qualquer coisa diferente disso é mera manipulação da mídia e dos golpistas, que tentam, a todo custo, criar um clima de instabilidade política capaz de alcançar o que até agora tem sido impossível: evitar a eleição do trio Lula/Haddad/Manuela. Os coordenadores das campanhas de todos os candidatos precisam estar atentos a isso, não se deixando levar pela onda artificial criada para tornar Jair Bolsonaro em vítima de um atentado político. A agressão que sofreu se insere na extensa lista de violência incentivada pelo ódio e divisão de classes, que tanto pode se manifestar na forma de ataque físico, quanto no confinamento em uma masmorra, do candidato escolhido pela maioria do povo para governa-lo em 2019.

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Os barões da mídia, os banqueiros, os empresários predadores dos direitos dos trabalhadores e os Estados Unidos de Donald Trump já jogaram a toalha diante do pífio rendimento de Geraldo Alckmin. A aposta dessa turma agora é no cabresto que o economista Paulo Guedes poderá colocar na besta do apocalipse, assumindo ele próprio a execução das ações de concentração do capital à custa da miséria de milhões de brasileiros.

Mas é muito fácil desconstruir esse estratagema criado a partir de uma fatalidade, desde que os marqueteiros reposicionem o crime praticado para a esfera devida, onde Bolsonaro se viu vítima de seu próprio discurso. Não faltam, no Youtube, vídeos de homossexuais, negros, entre outras minorias, recebendo facadas e até mesmo sendo atacadas por bombas. Deixo, em especial, uma recomendação aos coordenadores da campanha do PT. Por todas as violências – oficiais ou não – que Lula tem sofrido, o partido é o único que tem prerrogativas para levar o discurso da paz para a sociedade, já que sua luta toda está forjada na Justiça e na Legalidade.

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