Tu negocias, ele negocia, eles negociam

Toffolli e Fux se encontraram com Temer, meio escondidinhos, porque queriam garantir um aumento de 16% para o Judiciário, o que elevará os salários de um ministro do Supremo de R$33,7 mi para R$ 39 mil



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Virou praxe na era golpista encontros fora da agenda entre figurões do Judiciário e Temer, para discutir temas de interesses mútuos e não da sociedade.

O Jornal Folha de São Paulo noticiou que Temer recebeu, na noite de quinta, 23/08, os ministros da cúpula do Judiciário brasileiro, Dias Toffoli, vice-presidente do STF e futuro presidente da Corte, e Luiz Fux, que deixou a presidência do TSE há apenas dez dias.

Todos se recordam quando Temer se encontrou com Carmen Lúcia da casa dela, em março último, na mesma semana em que, pela primeira vez na história, o sigilo bancário de um presidente em exercício foi quebrado por decisão do STF, corte que ela preside.

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Todos se recordam quando Temer, também a noite e fora da agenda, foi recebido por Gilmar Mendes, em 27/06/2017, na casa do ministro, às vésperas da sessão do STF que trataria da validade da delação da JBS.

Exemplos temos muitos mas voltando ao presente, Toffolli e Fux se encontraram com Temer, meio escondidinhos, porque queriam garantir um aumento de 16% para o Judiciário, o que elevará os salários de um ministro do Supremo de R$33,7 mi para R$ 39 mil.

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Os juízes ainda contam com um auxílio moradia de R$4,5 mil, o que custa aos cofres públicos R$104 milhões mensais, segundo a reportagem da Folha.

Agora, quando o trabalhador faz greve por reajustes salariais de acordo com a inflação, por atrasos nos pagamentos ou contra a retirada de direitos, como plano de saúde, ou ticket alimentação, esse mesmo judiciário proíbe a greve e demora meses para julgar os dissídios.

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Muita gente quer que tudo continue assim, um mar de privilégios para alguns e apenas injustiças para a maioria, como no caso de Lula, preso e condenado sem provas.

Os ministros do Supremo defendem o aumento de suas regalias mas ignoram o sofrimento de Lula, a vontade de 40% dos eleitores de votar em Lula e se negam a cumprir decisão a favor dele, dada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, baseado em tratado do qual o Brasil é signatário.

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Não cumprem por uma questão política porque a questão está mais que pacificada. O presidente do Congresso, Eunício de Oliveira, afirmou em nota oficial que o Brasil é signatário do "Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos", que o Congresso o aprovou, e portanto, o documento está em vigor.

Isso torna obrigatório que se assegure os direitos de Lula como candidato.

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Apesar do caos social e político, ainda creio que Brasil tem solução. Basta que não percamos as esperanças e continuemos lutando dia a dia, resistindo palmo a palmo, nas ruas e praças, no terreno da conscientização de todos sobre a importância da participação política na vida do país.

Como diz a canção de um de nossos grandes poetas e músicos, Caetano Veloso, "É preciso estar atento e forte...Não temos tempo de temer a morte".

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