O Brasil dos muitos brasis não se resume a duas cores

No Brasil azul e rosa, plebeu e plebeia não têm espaço, usarão trapos, mas controlados. Os príncipes e princesas endeusados usarão o que querem e ditarão regras; mas não é esse o Brasil verdadeiro, que conhecemos ou desejamos; 

O Brasil dos muitos brasis não se resume a duas cores
O Brasil dos muitos brasis não se resume a duas cores (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


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O Brasil dos muitos brasis é o Brasil onde todas e todos exercem seu direito, um Brasil que se multiplica no poder de praticar sua crença, suas escolhas.

O Brasil do respeito, é o Brasil do multiculturalismo, e do orgulho por tamanha diversidade.

O Brasil do estereótipo, da piada, xenofobia, do preconceito, feminicidio e de toda a sorte de deboche foi criminalizado. Graças as conquistas obtidas a partir das lutas de um povo que cansou do ódio que sempre veio disfarçado ou na cara limpa. Que envergonhado não podia estar preso aos pelouros coloniais.

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Esse Brasil, também era o da lei do mais forte, invadia, desmatada e escravizava.. De parabelo, rifle ou facão exterminou, ignorou crenças e costumes.

O Brasil , que tanto trouxe fome, desemprego, separatismo e exclusão, foi adormecido e no lugar dele, entrou o Brasil democrático, do respeito. O Brasil que passou a admirar e comemorar suas várias identidades.

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O Brasil que conciliou desenvolvimento com respeito, que não só entende o direito de escolha, mas se orgulha.

Brasil que não determina a cor da roupa, o corte de cabelo, crença ou afirma que uns são melhores que outros.

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Brasil que acima de tudo, respeita a liberdade e entende que a igualdade está no direito de pluralização e reconhecimento da diversidade.

Agora, em pleno século 21, depois de tudo o que vivemos, da carne cortada, do sangue jorrado, dos direitos conquistados, estão acordando o Brasil que ignora, despreza, exclui e vulgariza. O Brasil do politicamente incorreto.

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Impor a mordaça, caçoar do sonho universitário "pobre tem tara por faculdade", desqualificar e problematizar o Estado entregando tudo aquilo que ainda temos, é a política de reconstrução do Brasil. Que levantando a bandeiro do ódio partidário aponta sua artilharia em direção as estradas que levam aos caminhos da democracia e dos direitos.

No Brasil azul e rosa, plebeu e plebeia não têm espaço, usarão trapos, mas controlados. Os príncipes e princesas endeusados usarão o que querem e ditarão regras.

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Mas não é esse o Brasil verdadeiro, que conhecemos ou desejamos.

Os brasis dos confins de cada região, da Bahia de todos os santos, da periferia do hip hop e das rodas de rima, do samba de improviso, do partido alto ao repente do norte e nordeste. Da ciranda, das rezadeiras e rendeiras às escolas de samba. Do terreiro ao templo e às igrejas. Das aldeias e quilombolas, da preservação e respeito. De todas as cores e do sangue vermelho.

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