Lula é o remédio contra a praga dos gafanhotos

Para vender o país e eliminar direitos, infelizmente, o jardineiro que tanto plantou precisa ser eliminado. Se ele voltar interromperá a destruição do país e a traição ao povo. Não falem de plantar. Não falem de colher. Os gafanhotos só conseguem destruir

Lula é o remédio contra a praga dos gafanhotos
Lula é o remédio contra a praga dos gafanhotos (Foto: Stuckert)


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Uma parte expressiva da mídia tradicional e de políticos, na maioria conservadores, busca um salvo conduto ao afirmar exaustivamente que "Lula colhe o que plantou".

Em que pese o despreparo, a má- fé ou a irresponsabilidade daqueles que repetem esta afirmação como um mantra, a tese pode estimular uma importante reflexão sobre o momento que estamos vivendo, suas raízes e o papel dos diferentes agentes políticos.

Não pode ser séria qualquer afirmação de que Lula seja autoritário, anti-democrático ou que pregue o uso da violência como instrumento de resolução de conflitos.

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O Partido dos Trabalhadores nasceu das lutas sociais e populares e da resistência e combate à ditadura militar. Desde sua fundação, o caminho escolhido foi a construção da plena democracia.

Nossas ações nos 13 anos de governos do PT deram voz e cidadania a milhões de excluídos. Não dividimos, somamos; não rejeitamos, incluímos. Mas muitos não toleraram compartilhar espaços com todos -- nas lojas, nos bancos, nas universidades, nos aeroportos, onde quer que a ampliação da presença represente inclusão ou acesso ao poder.

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Lula esteve à frente deste processo. Foi líder, plantando e, como o Jardineiro, cuidando para que as sementes gerassem frutos.

Lula plantou democracia, através do Conselhão, das inúmeras Conferências com participação de diversos segmentos da sociedade. Lula plantou oportunidades, com o Luz para Todos, Prouni , FIES , com novas Universidades e Institutos Federais

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Lula plantou moradia digna, através do Minha Casa Minha Vida

Lula plantou soberania, tanto quando decidiu que o Pré-sal pertenceria aos brasileiros e implantou o Regime de Partilha da Produção, quanto no momento em que retirou a Eletrobras e suas controladas do Programa Nacional de Desestatização.

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Lula plantou dignidade, com o Farmácia Popular, Brasil sem Miséria e o Bolsa Familia. O Brasil tirou 36 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. Erradicou a fome. Quarenta milhões de Brasileiros experimentaram ascensão social.

Lula plantou orgulho quando criou os Brics, comandou as negociações da Conferência do Clima, trouxe a Copa e as Olimpíadas para o país. O Brasil viveu então seu momento de maior prestígio, com um governo que tiraria o país do mapa da fome para inseri-lo no centro da geopolítica global.

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Como acontece na Teoria da Seleção Natural, depois de quatro derrotas eleitorais os tucanos se adaptaram ao novo ambiente e evoluíram, ou melhor, "involuiram" resistindo ferozmente ao resultado das urnas e estabelecendo uma relação de mutualismo com o MDB.

Para quem não lembra de algumas aulas do segundo grau, no "mutualismo" duas espécies associam-se entre si, para se beneficiar, sendo tal relação imprescindível à sobrevivência de ambas. Então, tal como "gafanhotos", precisam destruir a plantação.

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O Brasil vive um desses momentos cruciais de sua jovem democracia, em que a natureza transitória de um governo ilegítimo não poderia se impor ao desejo das urnas.

O que está sendo feito por Temer e sua curriola, em parceria com o PSDB, é a negação do projeto aprovado nas urnas em quatro eleições consecutivas.

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Este governo emedebista, tucano e golpista não tem direito, por rigorosa falta de legitimidade, de levar à frente sequer um debate que pudesse resultar em ameaça de desmonte do Estado Brasileiro e de grandes empresas nacionais

A destruição do Bolsa Família e a extinção do Programa de Cisternas, recentemente premiado pela ONU, são, talvez, a expressão mais mesquinha de um governo antipopular. O fim de programas consagrados, aprovados pela população, reconhecidos e imitados mundialmente, não podem ser encarados como naturais.

O que está acontecendo hoje no Brasil, se parece com uma "praga de gafanhotos", onde o tempo é curto, mas é preciso saquear tudo que for possível em dois anos.

O compromisso das forças políticas atuais com o atraso, não apenas na economia, denota a intenção explícita em reverter o pacto social civilizatório duramente obtido desde a Constituição de 1988. Trata-se agora, e ninguém no governo disfarça, de desfigurar a Constituição e desamparar a população.

Para vender o país e eliminar direitos, infelizmente, o jardineiro que tanto plantou precisa ser eliminado. Se ele voltar interromperá a destruição do país e a traição ao povo.

Lula plantou muito, mas se continuarmos assim pouco ou nada restará para ser colhido pelas futuras gerações.

Não falem de plantar. Não falem de colher. Os gafanhotos só conseguem destruir

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