Um sistema judicial quer ser dono do mundo

O sistema judicial norte-americano tornou-se, na verdade, o eixo de penetração do capital hegemônico no mundo. É para lá que estão derivando nossos juízes e procuradores, como aconteceu e continua acontecendo no caso da Lava Jato. Promotores e juízes freqüentam assiduamente os Estados Unidos para receber prêmios e instruções

Um sistema judicial quer ser dono do mundo
Um sistema judicial quer ser dono do mundo (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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A Santa Sé, em sua ingenuidade, está sendo  vítima do sistema judicial mais corrupto do mundo, o norte-americano. Esses intermináveis processos sobre pedofilia e homossexualismo, sendo que alguns casos recuam há mais de 30 anos, não são mais que expedientes forenses para o achaque da Igreja, a partir de um conluio entre advogados vigaristas e juízes corruptos. As pobres vítimas de pedofilia, quando são reais, não passam de peões nesse jogo fraudulento manipulado por uma Justiça movida a dinheiro.

Não é o caso apenas das fraudes contra a Igreja. Os processos movidos por conta de supostas agressões sexuais atingem sobretudo os ricos e famosos, pois deles é possível  tirar mais dinheiro. Veja o processo contra Mike Tyson: pode ter havido agressão sexual contra uma mulher que, voluntariamente, subiu ao apartamento do suposto agressor? Não é isso exclusivamente um caso de tirar dinheiro da vítima masculina, mediante uma manobra escusa de definir a mulher, sempre, como vítima da agressão?

E Michael Jackson? Não foi exclusivamente um caso de dinheiro? Afinal, que provas houve de pedofilia no interior de seu rancho, um conto de fadas para crianças e adolescentes de todo o mundo? Acaso teriam aberto um processo contra Jackson se ele não tivesse dinheiro? Acaso teriam processado Mike Tyson se não fosse uma figura de projeção nacional nos Estados Unidos e no mundo? Em ambos os casos estamos diante de uma Justiça movida exclusivamente a dinheiro, espalhando no país a insegurança jurídica para pobres.

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Estão satisfeitos? Então tomem lá o caso de Dominique Straus-Kahan, o então gerente-geral do FMI, que supostamente estuprou uma arrumadeira de hotel em Nova Iorque. Para escapar da prisão teve que pagar um milhão de dólares. Quando o lado real da história foi contada, a mulher supostamente agredida era uma vigarista que aprontou uma armadilha para ele, recolhendo um pouco de esperma de uma relação consensual. Já Dominique perdeu o emprego, a credibilidade e a possibilidade de candidatar-se a Presidente da França.

Voltemos aos bispos e arcebispos da Igreja. Alguns cardeais estão sendo massacrados em longos processos sobre pedofilia, sendo que alguns,  como dito, recuam há mais de 30 anos. É um absurdo. Mesmo se fosse verdade seria praticamente impossível definir culpa. Entretanto, por pressão do sistema judicial norte-americano e da mídia hipócrita, fatos de verificação improvável ocorridos há  décadas são transformados em processos que nada tem de reparação de eventuais danos psicológicos das vítimas, e que são resolvidos a dinheiro.

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Pois bem, é esse sistema judicial podre que, extrapolando os problemas de costumes e de relações entre pessoas, pretende ser a Justiça do mundo. É que o sistema judicial norte-americano, sem qualquer acordo internacional, arroga-se o direito de julgar e encarcerar cidadãos de qualquer parte do mundo à luz de sua própria legislação. É o império em todo o seu vigor. O caso da Petrobrás, condenada a pagar multas por causa de um escândalo do qual foi vítima, é paradigmático. E a empresa sequer teve o beneplácito da defesa do seu governo.

O sistema judicial norte-americano tornou-se, na verdade, o eixo de penetração do capital hegemônico no mundo. É para lá que estão derivando nossos juízes e procuradores, como aconteceu e continua acontecendo no caso da Lava Jato. Promotores e juízes freqüentam assiduamente os Estados Unidos para receber prêmios e instruções. Na pauta, a completa subordinação dos sistemas judiciais nacionais às regras e ao direito consuetudinário norte-americano, totalmente discricionário e corrupto. Finalmente, não deve ser coincidência que o assalto à Igreja acontece ao mesmo tempo em que o Papa Francisco desfecha o mais violento ataque contra a financeirização e a especulação financeira no mundo.

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