Bolsonaro e seus asseclas: O rosto mais completa insanidade e da mais abjeta crueldade
Existe uma clara tentativa do presidente e de ministros como Ernesto Araújo de modificar a narrativa histórica da ditadura, de seus mortos e das milhares de torturas praticadas no Brasi
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Ontem, pela primeira vez em minha vida, eu que , tendo morado por anos fora do Brasil sempre tive imenso orgulho de dizer que sou uma mulher brasileira, tive vergonha de minha nacionalidade, vergonha por ter que explicar a amigos europeus que muitos brasileiros apoiam Bolsonaro e sua ideia de " celebrar 1964".
Bolsonaro, o boçal, e seus ainda seguidores precisaram que a ONU lhes explicasse por que não se pode celebrar o Golpe de Estado de 1964!
"Quaisquer ações que possam justificar ou relevar graves violações de direitos humanos durante a ditadura reforçariam ainda mais a impunidade que os perpetradores desfrutam no Brasil, dificultariam esforços para impedir a repetição de tais violações e enfraqueceriam a confiança da sociedade nas instituições públicas e no Estado de Direito., explicou o relator especial da ONU , Fábio Salvioli.
A ONU precisou também explicar ao presidente do Brasil que " é direito dos brasileiros conhecer a verdade sobre crimes hediondos cometidos no passado, bem como as circunstâncias que conduziram a esses crimes. É dever do Estado, por sua vez, preservar as evidências de tal violência.Isso poderia incluir a preservação da memória coletiva desses eventos e a proteção contra argumentos revisionistas e negacionistas"
E não foi só isso.
O apelo ocorreu depois de a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladimir Herzog terem feito, nesta sexta-feira, uma denúncia à ONU contra a iniciativa do governo de comemorar o golpe de 1964.
É insano e cruel o que estamos testemunhando.
Existe uma clara tentativa do presidente e de ministros como Ernesto Araújo de modificar a narrativa histórica da ditadura, de seus mortos e das milhares de torturas praticadas no Brasil.
Para quem não leu nenhum livro como " Brasil Nunca Mais" "ou Memórias de uma guerra suja" , é necessário lembrar que a ditadura aterrorizou o país com uma série de violações de direitos humanos, como perseguições, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos, é hoje sabemos que mais de 8 mil índios foram mortos pelos militares nas regiões próxima à Amazônia e , oficialmente , 435 pessoas, entre jovens mulheres, estudantes, advogados e homens que se opunham ao regime militar, foram mortos pelo Brasil afora. Sim, oito mil indígenas.
A clara insanidade de Bolsonaro ( que , não por acaso , foi expulso do Exército brasileiro por insanidade mental ) , determinou ao Ministério da Defesa que fossem feitas "comemorações devidas" no próximo domingo, 31 de março, mas uma juíza brasileira o proibiu de celebrar o
Golpe e as milhares de mortes que resultaram dele.
A que ponto chegamos??
O senhor Jair Bolsonaro não considera que houve uma ditadura militar no Brasil, mas o próprio coronel Jarbas Passarinho se referiu ao regime como ditadura no momento em assinou o Ato Institucional 5 , o triste AI5.
Nessa sexta-feira, o Exército realizou uma cerimônia no pátio do Planalto em Brasilia celebrando o Golpe de 1964 , um pouco antes que as celebrações fossem proibidas pela Justiça.
Bolsonaro e seus asseclas são o rosto da crueldade mais abjeta e da mais completa insanidade.
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