Governador bolsonarista de Rondônia é alvo de pedido de impeachment em 90 dias de mandato

Na peça, o advogado Caetano Neto alega que o governador nomeou, sem passar pelo crivo do Legislativo, diversos titulares para cargos administrativos em fundações públicas e autarquias



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A decisão de dar prosseguimento ou não à demanda cabe ao presidente do Legislativo

Porto Velho, RO – Impeachment em 90 dias de mandato. É isso mesmo que você leu! Ao receber a notícia, o governador Marcos Rocha, do PSL de Jair Bolsonaro, um dos três eleitos pela legenda liberal em todo o Brasil, deve ter achado que se tratava de pegadinha do Dia Da Mentira. Isso porque a petição foi protocolada na segunda-feira, 1º de abril, na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO) pelo advogado Caetano Neto.

Um pedido que, convenhamos, não é nada comum diante do curto espaço de tempo entre a assunção ao posto de chefe do Executivo e a solicitação de afastamento requerida por membro da sociedade civil.

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É a primeira denúncia contra um governador Bolsonarista que pode resultar em cassação.

São três as opções no horizonte: o pleito prospera e o governador é cassado; a verdade o libertará isentando-o de crime de responsabilidade; ou a ALE/RO sequer dará prosseguimento à denúncia.

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Entretanto, o pedido tem razão de existir.

Na peça, basicamente, o causídico alega que o governador nomeou, sem passar pelo crivo do Legislativo, diversos titulares para cargos administrativos em fundações públicas e autarquias.

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De acordo com a Constituição Estadual, o § 7º do Art. 11, que já passou por controle de constitucionalidade no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO), inclusive, versa:
“[…] Art. 11. A administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes do Estado obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ao disposto no art. 37 da Constituição Federal e nesta Constituição. […] § 7º Os Presidentes e Diretores de Autarquias e Fundações do Estado, serão escolhidos e nomeados pelo Governador, após aprovação pela maioria absoluta dos Membros da Assembleia Legislativa […]”

Dentre os 14 nomes apontados pelo jurista no pedido de impedimento, pelo menos nove foram nomeados de maneira supostamente inconstitucional pelo governador amigo do presidente Jair Bolsonaro.

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Agora, cabe ao presidente da ALE/RO, o tucano Laerte Gomes, aliado do candidato derrotado por Rocha no segundo turno, o senador cassado Expedito Júnior (PSDB), dar prosseguimento à análise da matéria ou não.

Até lá, aporrinhação e farelo de discurso de ‘nova política’.

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Confira pedido:

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