Eficiência da articulação política de Wagner o faz alvo para inibir avanços

Jaques Wagner tem estado na mira porque, por incrível que pareça, sem nenhuma intenção prévia nem mínima menção sobre o futuro presidencial, ele passou a ser tratado também como uma "promessa" para 2018

Brasília – O ministro da Casa Civil da Presidência da Republica, Jaques Wagner, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Brasília – O ministro da Casa Civil da Presidência da Republica, Jaques Wagner, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. (Antônio Cruz/Agência Brasil) (Foto: Walter Santos)


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De repente, com dizia o Poeta, não mais do que de repente, o Ministro Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, entrou no alvo dos adversários indormidos do Governo Dilma, tanto quanto até de setores do Partido dos Trabalhadores. A causa: a interlocução do ex-governador baiano em ter, ao lado do Ministro da Secretaria Geral, Ricardo Berzoini, construído a mais forte e exitosa articulação política o fez ser alvo de uns dias para cá tentando desestabilizar o Governo.

Como não há espaço vazio criado ao longo do ano de 2015 por tudo o que se sabe, o Ministro da Casa Civil ocupou um enorme fosso político em torno da Presidência da República que, vamos combinar levando em conta a verdade dos fatos, Dilma patinou o tempo inteiro sem conseguir construir a ponte de negociação política com o Congresso Nacional, partidos e lideranças levando-a à beira do caos.

Somente após a chegada de Jaques Wagner e Ricardo Berzoini para dentro do "olho do furacão" encarando ponto a ponto as potencialidades e fraquezas políticas do Governo, eles passaram a consertar cada uma das brechas e problemas advindos da falta de habilidade e confiança nas negociações. Resultado: o ano terminou com vitórias no Congresso Nacional com a rearticulação da base aliada.

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A FASE MERCADANTE NÃO DEIXOU SAUDADES

Se reparar direito, toda a crise vazada até o final de 2015 tem origem anterior no processo construído por Aloizio Mercadante desde a campanha até a fase posterior de governo, quando gerou muitos problemas para a presidente, mesmo que a intenção fosse de protegê-la diante do furacão politico em torno do PT.

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Por vários motivos, Mercadante acabou sendo um problemão nas relações de Dilma com seu maior avalista, ex-presidente Lula, o PT e partidos aliados, sobretudo o PMDB – este com postura esquisita e de boicote silencioso – ao lado de outros partidos "menores", todos mantidos com diversos parlamentares (mais de 100) bancados desde a fase de campanha passada pelo deputado federal Eduardo Cunha, o maior algo do Governo Dilma destruído por si próprio, ou seja, por sua podre carreira politica.

Neste emaranhado, Mercadante não soube usar de suas teorias e conhecimentos políticos para debelar a onda contra Dilma e terminou sendo motivo para a mais forte crise de inabilidade e rejeição, que se viu existir e/ou constatar em torno dele.

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ALÉM DO ALVO

Jaques Wagner tem estado na mira porque, por incrível que pareça, sem nenhuma intenção prévia nem mínima menção sobre o futuro presidencial, ele passou a ser tratado também como uma "promessa" para 2018 fora da opção consolidada de Luiz Inácio Lula da Silva, em face do êxito efetivado na Casa Civil.

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Ora, em pleno clima de conspiração elevada contra o Governo e o PT ter um nome despontando, sendo ungido pela competência demonstrado logo passou a ser alvo de fora do Governo e dentro do ambiente petista pelas verdades que sabe e tem moral de abordar.

Trocando em miúdos, eis que de um terreno árido, em tese sem perspectiva de florescer com perspectiva de êxito futuro, surge um personagem com histórico e capacidade de vencedor por saber exercer o Poder no ponto certo e com credibilidade para os entendimentos que só craque sabe executar nas horas difíceis do jogo de campeonato.

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Pelo sim, pelo não, Jaques Wagner ainda vai mais longe. O tempo, como diz o provérbio bíblico, é o Senhor da razão.
Aguardemos.

CASA CIVIL COMO TRAMPOLIM?

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Muitos esquecem ou dão pouco valor, mas foi a Casa Civil quem fez o ex-Ministro José Dirceu ser tratado como potencial candidato a sucessor de Lula. Os adversários nacionais e internacionais perceberam isto logo cedo por isso construíram toda a estratégia envolvendo parte do Judiciario, Ministerio Público, PF e a Grande Midia para fulmina-lo.

Dilma Rousseff, aliás, foi a Ministra desta Pasta poderosa, porque não dizer.

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No caso de Wagner, mesmo com as intenções da Grande Midia de golepá-lo, com ele é diferente o processo sequenciado porque, como gato de 7 vidas, ele tem sabido suportar e superar as adversidades dos humanos golpistas.

Depois de ter superado tantos testes na Bahia contra o então poderoso esquema imbatível de ACM, ele pode se dar ao luxo de dizer que está purificado, quando menos protegido pelos Orixás da Bahia para ter o "corpo fechado" às agruras plantadas pelos inimigos da inclusão social.

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