Afastados oito generais no Peru ligados à brutal repressão aos protestos
Desde o início das manifestações, em 7 de dezembro, mais de 60 pessoas perderam a vida e mais de 1.300 ficaram feridas
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Actualidad RT - Oito generais da Polícia Nacional do Peru foram afastados de seus cargos por estarem ligados à violenta repressão aos protestos contra o governo de Dina Boluarte.
A medida, que foi divulgada no boletim do jornal oficial El Peruano, é assinada pela presidente e pelo ministro do Interior, Vicente Romero Fernández.
No grupo substituído está David Villanueva Yana, chefe da região policial de Puno, que foi substituído pelo general Enrique Felipe Monroy.
Segundo o jornal La República, durante a gestão de Yana, 21 civis perderam a vida devido a disparos de fuzis AKM, arma utilizada pela Polícia Nacional, na cidade de Juliaca, em Puno.
Além disso, o General Luis Flores Solís, chefe da Frente Policial de Apurímac, foi substituído pelo General Nilton Santos Villalta. O jornal garante que durante sua gestão os agentes usaram armas de longo alcance para reprimir os protestos, deixando um saldo de sete mortos.
O Ministério Público está investigando Yana e Solís por seu envolvimento na morte dos manifestantes.
Mais de 60 mortos
Neste fim de semana, coincidindo com os 100 dias de Boluarte no poder, milhares de pessoas participaram de uma marcha em Lima para exigir a renúncia da presidente, o fechamento do Congresso, eleições antecipadas e uma reforma constitucional. Embora a mobilização tenha sido pacífica, a Polícia Nacional reprimiu os manifestantes.
Segundo a pesquisa CPI Reserach, Boluarte tem um índice de reprovação de 76% dos cidadãos, enquanto mais da metade dos peruanos (51%) acredita que o Congresso deu um golpe contra Castillo.
Desde 7 de dezembro passado, quando Boluarte assumiu o poder após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo, mais de 60 pessoas perderam a vida e mais de 1.300 ficaram feridas durante os protestos antigovernamentais.
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