CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
América Latina

Focando nos mais ricos, Petro diz que sua reforma tributária irá "reduzir significativamente a desigualdade social" na Colômbia

"O índice de Gini, o indicador de desigualdade, diminuirá de 0,54 para 0,49", estimou Petro em suas redes sociais na terça-feira

(Foto: Nelson Cárdenas, Presidencia de Colombia)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

ARN - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu sua reforma tributária na terça-feira. O presidente confirmou que o novo esquema visará aumentar os impostos "para aqueles que mais têm", reduzir os níveis de desigualdade no país e permitir "o progresso em direção à justiça".

"A reforma tributária que apresentamos está em conformidade com o que dissemos em nossa campanha. Ela tributa quem mais tem e gasta com educação para todos e com o fim da fome entre as crianças pobres", salientou o presidente e elogiou o trabalho de seu novo ministro das finanças, José Antonio Ocampo, e Luis Carlos Reyes, encarregado da Direção Nacional de Impostos e Alfândegas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Petro estimou que sua iniciativa diminuirá o coeficiente de desigualdade de Gini na Colômbia em 0,06 pontos para 0,49. Segundo dados oficiais, em 2021 o Gini era de 0,523, enquanto em 2020 era de 0,544.

Através das redes sociais, Petro reformou "a reforma tributária é um passo importante para alcançar um grande Pacto Social, para avançar em direção à paz e à Justiça", escreveu o primeiro presidente de esquerda da Colômbia.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

As chaves da reforma tributária de Gustavo Petro

A reforma apresentada na segunda-feira visa desmantelar os "benefícios assimétricos que têm impedido uma alocação eficiente de recursos", de acordo com o diagnóstico do governo entrante. Com este projeto de lei, a Petro procura promover "equidade, progressividade, eficiência e simplicidade do sistema tributário".

Na apresentação do texto, o novo ministro da Fazenda salientou que o maior ônus da reforma recai sobre aqueles com renda mensal de mais de 19 milhões de pesos colombianos (cerca de US$ 4.400), o que representa 2% dos contribuintes.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Noventa e oito por cento da população colombiana, as classes média e baixa, não são afetadas negativamente por esta reforma", disse ele.

A reforma fiscal cria um imposto patrimonial, que é o resultado de um cálculo que inclui a renda bruta, ativos líquidos e dívidas. O imposto será de 0,5% para aqueles com ativos entre 3.000 e 5.000 milhões de pesos colombianos (equivalente em dólares a 700.000 a 1,1 milhões), e 1% para aqueles acima disso.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Na mesma linha, exige a eliminação de múltiplas isenções e deduções, a maioria delas específicas a determinados setores produtivos ou territórios e zonas de livre comércio.

Além disso, a proposta inclui várias modificações no cálculo do imposto de renda, para o qual toda a renda será tributada e não apenas aquelas vinculadas ao trabalho, e os benefícios para aqueles com alta renda mensal de mais de 10 milhões de pesos (2.300 dólares) serão eliminados.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Um imposto sobre as exportações de petróleo bruto, carvão e ouro também será criado quando os preços dessas commodities excederem um preço de referência, como ainda acontece com o valor do petróleo devido ao conflito na Ucrânia.

Como parte da simplificação do sistema tributário, e também incluindo a criação de novos impostos, são estabelecidos "impostos saudáveis e ambientais", destinados a mitigar os custos que o Estado enfrenta ou enfrentará com a emissão de gases de efeito estufa, o consumo de bebidas açucaradas e alimentos ultra-processados e plásticos de uso único. 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO