Panamá: governo congela preços de combustíveis e dez produtos básicos para frear protestos sindicais
Os anúncios do governo não satisfizeram alguns sindicatos, que já anunciaram que vão continuar com as mobilizações
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ARN - O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, anunciou nesta segunda-feira, 12, que vai congelar o preço do combustível e dez produtos adicionais da cesta básica familiar, após a mesa de diálogo com os sindicatos agrupados na Aliança Nacional pelos Direitos do Povo (Anadepo) e na Alianza Pueblo Unidos por la Vida. No entanto, as organizações sindicais não vão parar os protestos.
"Entendo a insatisfação dos diversos setores pela situação que vivemos, causada pelos efeitos da pandemia e as consequências do conflito na Ucrânia, fatores externos ao Panamá", disse Cortizo.
O preço de um galão de combustível (3,78 litros) permanecerá em US$ 3,95 para todos os veículos particulares em todo o país a partir de 15 de julho. Esta medida vigora desde o mês passado, mas apenas para o transporte público terrestre de passageiros.
Além disso, nesta terça-feira será realizado um Conselho de Ministros para resolver o congelamento dos dez produtos adicionais da cesta básica.
Protestos continuam
Os anúncios do governo não satisfizeram alguns sindicatos, que já anunciaram que vão continuar com as mobilizações até que o preço do galão de combustível não caia abaixo de 3 dólares. Nesta terça-feira, os setores reunidos na Alianza Pueblo Unidos por la Vida realizarão uma marcha nacional, enquanto a Anadepo retomará as conversas com representantes do governo.
A Associação dos Professores (Asoprof) reiterou o apelo aos professores para "continuarem a reunir-se nos diferentes bastiões de luta, para analisarem a proposta do presidente", depois de "ouvirem as suas palavras decepcionantes".
Em mensagem publicada em suas redes sociais, a Asoprof assegurou que as propostas de Cortizo não resolverão "nenhum dos problemas estruturais e fundamentais que o povo panamenho reclama".
Os professores, que iniciaram as manifestações em diferentes partes do país, estão em greve nacional por tempo indeterminado desde quinta-feira, após o fracasso da primeira rodada de negociações com uma comissão governamental liderada pelo ministro da Educação. Os protestos dos educadores foram acompanhados por sindicatos estudantis, indígenas, médicos, trabalhistas, entre outros.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil anunciou que vai aderir à mobilização, em meio a um aviso de greve. “Vamos continuar nas ruas fazendo piquetes e marchando a partir de segunda-feira, e na quarta-feira declaramos uma greve na indústria da construção para exigir respostas concretas do governo de Laurentino Cortizo”, disse Saúl Méndez , líder do sindicato.
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