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América Latina

Polícia dispara no rosto e cega manifestante em ato por cozinhas populares em Buenos Aires, diz entidade

Grupo de defesa dos direitos humanos vai entrar na Justiça para responsabilizar integrantes do governo Milei

Há várias denúncias de que a polícia argentina vem atirando propositalmente no rosto dos manifestantes (Foto: Luis ROBAYO / AFP)
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Brasil de Fato - Um tiro de bala de borracha disparado por policiais deixou cego manifestante que foi às ruas da capital argentina, Buenos Aires na última quarta-feira (10) exigir o fim do sucateamento das cozinhas populares, chamados de "comedores". A denúncia foi feita pela entidade de defesa dos direitos humanos Associação Contra a Violência Institucional (ACVI).

A ACVI acompanha o caso e afirma que as forças de segurança argentinas "estão usando este tipo de armamento, violando todo o tipo de protocolos e regulamentos internacionais, atacando a integridade das pessoas que tentam manifestar-se".

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O jovem ferido seria integrante da Unión de Trabajadores y Trabajadoras de la Economía Popular, sindicato que representa trabalhadores informais. Dezenas de manifestantes ficaram feridos devido à violência policial.

"Recebemos a notícia no fim de semana. Esta é uma prática comum que se popularizou no Chile, onde as forças de segurança utilizam armas menos letais para atingir o rosto", explicou Matías Busso, advogado e representante da ACVI, ao site El Grito del Sur.

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Ele disse que vai entrar na Justiça pelo ocorrido contra a Ministra de Segurança Nacional, Patricia Bullrich, e de seu homólogo da cidade de Buenos Aires, Waldo Wolff.

Protocolo autoritário

No protesto do dia 10, forças policiais, tanto federais como da cidade de Buenos Aires, lançaram bombas de gás lacrimogênio e dispararam balas de borracha e canhões d'água contra os participantes do ato na Avenida 9 de Julio, região central de Buenos Aires.

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Há relatos de que vários manifestantes foram alvejados no rosto. O argumento das forças de segurança para a violência, que, segundo a imprensa local, durou cerca de 20 minutos, foi que os manifestantes violaram o protocolo antipiquetes. O conjunto de regras repressivas foi anunciado pelo governo de Javier Milei poucos dias depois de tomar posse, em dezembro. 

O protocolo proíbe o bloqueio de ruas e demais vias públicas no país por manifestações e protestos políticos. Mas no ato, a grande participação popular fez com que o ato tomasse parte da Av. 9 de Julio, até fecha-la totalmente. Isso deu início à repressão, ordenada pelo Ministério da Segurança, conduzido por Bullrich.

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O protesto foi contra a política de Milei que sucateou os comedores. Cerca de 40 mil destas cozinhas comunitárias deixaram de receber alimentos do governo federal, e passaram a depender de apoios municipais e estaduais, além de doações.

A medida de Milei ocorre em um momento em que há um aumento do número de pessoas que recorrem aos comedores. Atualmente, cerca de 57% da população que se encontra atualmente abaixo da linha da pobreza, pior índice desde a grande crise de 2002.

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