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Azevedo e Silva defende sistema eleitoral atacado por Bolsonaro: urnas são usadas há 26 anos e o presidente foi eleito com elas

Ex-ministro, que recuou em assumir diretoria do TSE, afirmou também que “os quadros” do tribunal “são bons, concursados, de carreira”

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa (Foto: ABr)
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247 - O general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa do atual governo, defendeu o sistema eleitoral, atacado por Jair Bolsonaro (PL) e os bolsonaristas, em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta quinta-feira, 17. Azevedo lembrou que o sistema eletrônico de votação “foi aprovado em lei”.

“Tentaram mudar, mas o Congresso não apoiou. É assim na democracia. As urnas estão sendo usadas há 26 anos e o atual presidente foi eleito com esse sistema”, disse o militar. O general assumiria neste mês a diretoria-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas decidiu recuar, alegando aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, próximos presidentes do TSE, “questões de saúde e familiares”.

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“Comecei a frequentar reuniões em janeiro e vi que os quadros do TSE são bons, concursados, de carreira. São dedicados e competentes e vi que podia cuidar de minha saúde”, explicou Azevedo e Silva, que já foi assessor do ministro Dias Toffoli, quando este era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nessa terça-feira, 15, dia em que Bolsonaro estava na Rússia se encontrando com o presidente Vladimir Putin, Fachin disse ao jornal O Globo que o Brasil sofre riscos de ataques de diversas formas e origens, citando a Rússia como exemplo.

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Em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro criticou a fala de Fachin, colocando em dúvida novamente a inviolabilidade das urnas eletrônicas.  “É triste e constrangedor para mim, que estou em solo russo, receber acusação de como se a Rússia se comportasse como um país terrorista digital”, afirmou.

“O próprio ministro Fachin acaba de comprovar, no meu entender, que ele não tem confiança no sistema eleitoral. […] Eu não sei por que esse desespero gratuito a um país – no qual o chefe de Estado brasileiro está presente –, como se aqui fosse um país que viesse a participar de forma criminosa em eleições no Brasil. Se o sistema eleitoral é inviolável, por que isso é preocupação? Acabaram de comprovar que existe a possibilidade de [a urna] ser violada”, prosseguiu.

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Nesta quarta também, o TSE decidiu divulgar o documento com as perguntas das Forças Armadas sobre o processo eleitoral e as respostas da Corte, que deram cerca de 700 páginas. O material seria mantido em sigilo, mas, diante de vazamentos, além de pressão de Jair Bolsonaro sobre o tema, o tribunal resolveu liberar o teor dos documentos. As perguntas formuladas são do general Heber Portela e as respostas foram entregues pela Comissão de Transparência Eleitoral (CTE).

Em sua entrevista à Jovem Pan, após o fato, Bolsonaro disse que as Forças Armadas serão "fiadoras" do processo eleitoral. "Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE. Se procede, se o TSE tem razão ou se não tem razão e o porquê. E os próximos passos serão dados pelas nossas Forças Armadas”, disse.

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