Bolsonaro coloca 'faca no pescoço' para aprovar licença para matar a policiais, dizem parlamentares
Deputados e senadores aliados dizem que a insistência de Jair Bolsonaro em querer aprovar o excludente de ilicitude a militares tem provocado desconforto entre integrantes das cúpulas da Câmara e do Senado
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247 - Para tentar agradar o seu principal eleitorado , diante dos inúmeros retorcessos que impôs com a sua agenda, o governo Jair Bolsonaro trata como questão de honra transformar em lei o chamado excludente de ilicitude.
O desespero de Bolsonaro em insistir nessa tese tem provocado desconforto entre integrantes das cúpulas da Câmara e do Senado. Segundo o colunista do G1, Gerson Camarotti, Bolsonaro comunicou o envio de um projeto de lei específico para isentar de punição militares e policiais que cometerem excessos durante operações de garantia da lei e da ordem (GLO).
Mas os parlamentares ficaram contrariados porque a proposta já havia sido rejeitada pela Câmara no grupo de trabalho que analisava o pacote anticrime e consideram que a atitude de Bolsonaro coloca uma "faca no pescoço" do Congresso.
Ainda de acordo com o jornalista, líderes da Câmara consideram que esse tema está longe de um consenso e, de forma reservada, avaliam que foi um erro de Bolsonaro anunciar o projeto durante o lançamento do Aliança pelo Brasil, partido pretende criar.
"Essa é uma pauta de governo ou partidária?", questionou um líder com trânsito no Palácio do Planalto. "É um erro insistir em pautas que dividem o Congresso. O governo já tem um desafio enorme para aprovar as reformas econômicas que foram enviadas por PECs [propostas de emenda à Constituição]. É preciso foco. Caso contrário, não aprova nada", alertou.
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