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Bolsonaro dá mais um passo: compara MST e MTST ao PCC e Comando Vermelho

Em sua escalada de criminalização dos movimentos sociais e da esquerda, o novo regime ataca o MS e o MTST, comparando-os às organizações criminosas PCC e Comando Vermelho; quem fez isso foi o próprio Jair Bolsonaro, em um tweet no final da manhã deste sábado; o tweet deve ser lido na sequência de outro, postado seis horas antes; neste, Bolsonaro manifestava apoio a um projeto de lei do senador Lasier Martins que restabelece tópicos da Lei Antiterrorismo de março de 2016 vetados pela então presidente Dilma Roussef; o texto amplia o conceito de terrorismo de maneira sem precedentes no país

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247 - Em sua escalada de criminalização dos movimentos sociais e da esquerda, o novo regime ataca o Movimento dos Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), comparando-os às organizações criminosas PCC e Comando Vermelho (CV). Quem fez isso foi o próprio Jair Bolsonaro, em um tweet no final da manhã deste sábado. O tweet deve ser lido na sequência de outro, postado seis horas antes (às 5h03), fixado pelo presidente no topo de seu perfil. Neste, Bolsonaro manifestava apoio a um projeto de lei do senador Lasier Martins (PDT-RS) que restabelece tópicos da Lei Antiterrorismo de março de 2016 vetados pela então presidente Dilma Roussef. O texto amplia o conceito de terrorismo de maneira sem precedentes no país.

O projeto de Martins foi relatado pelo senador fundamentalista Magno Malta que recusou o lugar de vice-presidente na chapa de Bolsonaro e acabou derrotado em sua pretensão de reeleger-se senador pelo Espírito Santo. Malta já relatou favoravelmente ao projeto e ele deve ir à votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado em breve, no início do novo Ano Legislativo, em fevereiro.

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Pelo projeto, atos de depredação ou saque "de meios de transporte ou qualquer bem público ou privado" passam a ser considerados atos terroristas. O texto lembra dispositivos típicos de regimes ditatoriais: "Nas mesmas penas incorre aquele que dá abrigo ou guarida a pessoa de quem saiba que tenha praticado crime de terrorismo". Até mesmo a manifestação pública de apoio aos atos tipificados no projeto como "terrorismo" passa a ser enquadrada como crime, até mesmo um simples post numa rede social -com pena prevista de 4 a 8 anos de prisão. 

A tentativa de sufocar os movimentos reivindicatórios e as organizações sociais é notória. Aqueles "condenados a regime fechado cumprirão pena em estabelecimento penal de segurança máxima" -leia a íntegra do projeto aqui. O regime inaugurado com a eleição de Bolsonaro, em que pesem as declarações do general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, acenando com diálogo com os movimentos sociais (aqui), escorrega, pela ação do presidente, para o enquadramento das organizações populares como terroristas.

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Veja os tweets de Bolsonaro:

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