Bolsonaro diz que MST está 'mais fraco' porque flexibilizou posse armas
Usando número do governo Michel Temer, o presidente Jair Bolsonaro afirma que as ocupações do MST reduziram porque seu governo liberou a posse de arma, passando de 1 para 4 armas por indivíduo
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247 - O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para comemorar o que chamou de enfraquecimento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Ele atribui esse fato à facilitação que seu governo deu ao acesso as armas, por meio da posse de armas.
"Incra registra só 1 ocupação no 1º trimestre diante 43 ações no mesmo período de 2018. O MST está mais fraco pela facilitação da posse de armas, iniciativa que terá derivações pelo governo, falta de financiamento do setor público e de ONGs, algo que não ocorria nos governos do PT", disse o presidente, citando números do governo de Michel Temer.
Em entrevista ao De olho nos Ruralistas, o dirigente do MST, João Paulo Rodrigues, afirmou que o acesso facilitado às armas fez o movimento repensar a estratégia para evitar o derramamento de sangue, mas enfatiza que o movimento vai voltar à protagonizar a oposição no campo.
Ele afirma que o governo está "movido por grandes contradições internas" e que não é "nenhum bicho de sete cabeças". "Os primeiros da lista são os indígenas, mas vão chegar em nós da mesma forma que chegaram neles", destaca Rodrigues, reforçando que a estratégia é a unificação da esquerda ao redor de grandes pautas. No momento, a reforma da Previdência.
Na próxima semana o MST realiza a sua tradicional Jornada de Lutas, que culmina no dia 17 de abril, Dia da Luta Camponesa. Na data, há 23 anos, ocorreu o Massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 integrantes do MST foram assassinados pela Polícia Militar durante uma marcha no município paraense. Para esta semana, o movimento promete focar em ocupações de terras com simbolismo político e histórico.
Incra registra só 1 ocupação no 1º trimestre diante 43 ações no mesmo período de 2018. O MST está mais fraco pela facilitação da posse de armas, iniciativa que terá derivações pelo governo, falta de financiamento do setor público e de ONGs, algo que não ocorria nos governos do PT
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 15 de abril de 2019CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
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