Bolsonaro nega responsabilidade de seu governo pela crise energética
O ocupante do Palácio do Planalto é negacionista também na avaliação sobre as causas da crise energética, que ele atribui apenas a mudanças climáticas
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro creditou às mudanças climáticas a escassez hídrica que o Brasil está enfrentando --apesar de já ter questionado várias vezes o aquecimento global-- e afirmou que o país está agindo com "planejamento, seriedade e transparência".
Com a pior seca em quase um século na região Sudeste do país, o Brasil enfrenta riscos de racionamento e apagões, mas o governo federal ainda aposta em medidas de redução voluntária de consumo.
A declaração, em discurso em vídeo gravado, foi feita em um painel sobre transição energética organizado pela Organização das Nações Unidas às margens da Assembleia-Geral, que acontece esta semana em Nova York.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil está disposto a contribuir com o mundo para a transição energética e apoia a mudança da matriz de combustíveis para transportes públicos, investindo em motores a hidrogênio.
"O Brasil está posicionado para produzir hidrogênio de forma competitiva e com escala para suprir nossas próprias necessidades e exportar para outros mercados", afirmou.
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