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Brasil

Bolsonaro veta perdão de dívidas de igrejas, e sugere que congresso derrube o veto

Jair Bolsonaro atendeu ao pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes, e vetou perdão a dívidas de igrejas no país, medida que poderia ter impacto de R$ 1 bilhão sobre as contas públicas

(Foto: Divulgação)
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Sputnik - O veto foi assinado na sexta-feira (11), data-limite para sanção da proposta, e será publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (14). O Congresso, que aprovou a medida, ainda poderá derrubar o veto. 

Por meio do Facebook, Bolsonaro explicou sua decisão, afirmando que vetou "dispositivo que isentava as igrejas da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL)" para evitar "um quase certo processo de impeachment". Em sua justificativa, ele cita as Leis Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal. 

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Por outro lado, afirmou que, "caso fosse deputado ou senador", derrubaria o veto aplicado por ele próprio. 

"Confesso, caso fosse deputado ou senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria pela derrubada do mesmo", disse. 

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Segundo Bolsonaro, "deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos", o que não ocorre "para o presidente no caso de sanções e vetos". 

Se agrada à equipe econômica e aos setores mais liberais do governo, o veto, em contrapartida, é contrários aos interesses de igrejas evangélicas, que apoiam Bolsonaro e estavam pressionando para o presidente aprovar o texto da emenda integralmente. 

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Débitos com Previdência somam R$ 868 milhões

De acordo com a proposta aprovada no Congresso, as igrejas ficariam isentas do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Além disso, seriam anistiadas das multas recebidas por não pagar a CSLL e de autuações por não pagar a contribuição previdenciária.

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De acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão ligado ao Ministério da Economia, só em relação à Previdência Social os débitos das igrejas beneficiadas somam R$ 868 milhões.

A Secretaria-Geral do Presidência, segundo publicado pelo G1, disse que Bolsonaro "se mostra favorável à não tributação de templos de qualquer religião", mas o dispositivo teria "obstáculo jurídico incontornável, podendo a eventual sanção implicar em crime de responsabilidade do presidente da República".

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O perdão tinha sido levado para votação no Congresso como parte de um projeto de lei sobre outro tema, não relacionado a igrejas e templos, mas que foi sugerido pelo deputado David Soares (DEM-SP), filho do religioso R.R Soares, líder da Igreja da Graça de Deus. A justificativa é de que o pagamento de tributos penaliza os templos.

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