CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Brasil regride no combate à fome e na garantia da segurança alimentar

Segundo informações da Fundação Perseu Abramo, a versão-síntese do Relatório do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) mostra resultados extremamente preocupantes para o objetivo de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura; o cenário atual é de retrocesso, segundo o relatório, e as prioridades do atual governo aumentam as ameaças

fome (Foto: Gisele Federicce)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - De acordo com informações divulgadas pela Fundação Perseu Abramo, a versão-síntese do Relatório do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) mostra resultados extremamente preocupantes para o objetivo de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura. 

Segundo o texto divulgado no site da Fundação sobre o documento, o cenário atual é de retrocesso neste tema, segundo o relatório, e as prioridades do atual governo, de Michel Temer, aumentam as ameaças. Confira abaixo:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Brasil regride no combate à fome e na garantia da segurança alimentar

14/08/2017 - Ana Luíza Matos de Oliveira

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Versão-síntese do Relatório do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) mostra resultados extremamente preocupantes para o Objetivo 2 (Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura).

O relatório relembra que o acesso aos alimentos pela população em situação de maior vulnerabilidade apresentou avanços significativos no Brasil ao longo das duas últimas décadas, o que levou o país a deixar de ter a marca da fome como uma de suas principais mazelas sociais. Para isso, o aumento da renda dos extratos sociais pobres e de extrema pobreza e melhores índices de emprego, formalização, elevação dos salários (particularmente do salário mínimo) e fortalecimento da transferência de renda para a população em maior vulnerabilidade foram fundamentais. Outros pontos importantes, segundo o relatório, foram:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

• A aprovação, em 2006, da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), que instituiu o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e, em 2009, a inclusão no parágrafo dos direitos sociais da Constituição brasileira o direito à alimentação.

• Políticas intersetoriais, unindo produção e consumo. As compras institucionais de alimentos ganharam destaque, particularmente através do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), muito embora o apoio à produção familiar tenha seguido trajetória tímida, evidenciada pelo reduzido valor do Plano Safra da Agricultura Familiar quando comparado ao Plano Safra convencional.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

• Programas como o de Cisternas para Consumo Humano e de Cisternas para a Produção provocaram forte e positivo impacto na região do Semiárido Nordestino.

• Diante dos indicadores de sobrepeso e obesidade (que tem crescido, como se vê no gráfico abaixo, retirado da publicação), a defesa da alimentação adequada e saudável tornou-se demanda principal do movimento pela segurança alimentar. A resposta principal foi o incentivo ao consumo de frutas, verduras e legumes.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O cenário atual é de retrocesso, segundo o Relatório, e as prioridades do governo brasileiro aumentam as ameaças, devido a:

• Hegemonia do agronegócio no acesso a recursos e no Congresso Nacional, cuja base de produção caracteriza-se pela expansão das culturas transgênicas e uso intensivo de agrotóxicos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

• Efeitos incertos do congelamento dos gastos sociais, das reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, que poderão impedir o acesso a alimentos pelos mais pobres, agravando a insegurança alimentar.

• Agravamento da negligência do Estado em relação aos povos tradicionais, como indígenas e quilombolas, ataques às unidades de conservação e aumento do desmatamento.

• Morosidade dos processos de adequação ambiental no campo, resultado da impunidade, e descaso em relação à coleta e acompanhamento de indicadores que reflitam a realidade no campo: o Censo Agropecuário, realizado a cada dez anos, tem sofrido cortes e redução de escopo.

• Esvaziamento de canais de participação da sociedade.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO