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Brasil

Celso Amorim saúda alunos do Instituto Rio Branco por homenagem a embaixador morto pela ditadura

Ex-chanceler brasileiro celebrou a escolha da nova turma de diplomatas de homenagear o ex-embaixador José Jobim, assassinado pela ditadura

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

“Um forte viva para os alunos do Instituto Rio Branco”. Assim, com entusiasmo, o ex-chanceler Celso Amorim saudou a escolha dos alunos do Instituto Rio Branco – escola destinada à formação dos diplomatas brasileiros -, de ter como homenageado, na cerimônia de diplomação que acontece no mês de outubro, deste ano, o ex-embaixador José Jobim, assassinado pela ditadura.

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A formatura costuma contar com a presença do chanceler em exercício e do presidente da República. Em se tratando de um ultradireitista e contumaz defensor da mesma ditadura que pôs fim à vida de José Jobim, conforme consta do seu atestado de óbito entregue à família, em 21 de setembro de 2018, depois de muitos anos de luta por trazer à luz a verdade sobre o seu fim trágico, em 1973, haverá de ser um momento, no mínimo, de “saia justa”.

Afinal, Bolsonaro costuma, não somente negar a ditadura, como elogiar os perpetradores da violência que resultou na morte do ex-embaixador, José Jobim, o homenageado. Em sua certidão de óbito agora consta: “morte violenta e não natural, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da sistemática e a perseguição generalizada à população identificada como adversária política do regime ditatorial de 1964 a 1985".

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A notícia de morte do embaixador chegou para a família em 24 de março de 1979, dois dias depois da angústia do seu desaparecimento. O pacato aposentado do Itamaraty, de 70 anos, havia saído de casa após o almoço, daquele dia 22, para visitar um amigo. Trajava terno, como costumava se vestir habitualmente, e disse que voltaria logo, não sem antes dizer o que queria para o jantar. Não foi mais visto. Na manhã de 24, a família foi informada que seu corpo foi encontrado por um gari, pendurado em uma árvore, em um local muito distante de casa, na Barra da Tijuca. Ele foi mais uma vítima da ditadura, ainda que estivéssemos às vésperas da promulgação da Lei de Anistia.

Aproveitando o contexto desse passado, muito presente no nosso momento, Celso Amorim falou também sobre a posse do presidente do Peru, Pedro Castillo, do partido Perú Libre, que aconteceu em Lima, nesta tarde (28/07): “O Brasil está na contramão das grandes mudanças que estão ocorrendo na América do Sul. A política bolsonarista está produzindo um "milagre às avessas": isolar o maior país do continente dos seus vizinhos, abandonando a tradição centenária da nossa Diplomacia e tão reforçada em governos recentes de trabalhar pela paz e a integração latino-americana e caribenha”.

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Com a mesma veemência com que saudou a escolha dos alunos do Instituto Rio Branco, o chanceler condenou as opções equivocadas da diplomacia desse governo, quando Bolsonaro nem  sequer se faz presente à posse de Castillo. O Brasil foi representado, na cerimônia, pelo vice, Hamilton Mourão.


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