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Cerca de 36 mil postos abrem neste sábado para atualizar vacinação de crianças

Neste sábado (16) acontece o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação e os pais de jovens com até 15 anos de idade devem levar seus filhos para atualizar a vacinação; cerca de 36 mil locais de imunização estarão abertos em todo o país; em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos 10 anos

Rio de Janeiro - Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove o dia D de mobilização da Campanha de Atualização da Caderneta de Vacinação. Três mil profissionais atuam em 215 unidades básicas de saúde. Crianças foram vacinadas no Posto de Assistência Média (Foto: Charles Nisz)
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Agência Brasil - Os pais de crianças e adolescentes menores de 15 anos devem levar seus filhos aos postos de saúde para atualizar a caderneta de vacinas. Neste sábado, (16) é o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, quando os locais de imunização estarão abertos em todo o país.

A campanha começou no dia 11 de setembro e vai até o dia 22 em cerca de 36 mil postos fixos de vacinação. A meta é resgatar todas as crianças e adolescentes não vacinados e, com isso, iniciar ou completar os esquemas de imunização.

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Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, é o momento de avaliar se alguma vacina foi incluída no calendário desde a data que a criança e adolescente esteve pela última vez no posto de saúde. “Tivemos várias modificações no calendário do Programa Nacional de Imunizações [PNI], tanto em inclusão de vacinas como em expansão da faixa etária”, explicou.

Os dados do Ministério da Saúde apontam que, das cerca de 47 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos convocados a comparecer, mais da metade (53%) não estão com a vacinação em dia. Em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos 10 anos.

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Para Isabella, não há um único motivo para essa baixa cobertura e eles são diferentes para as várias faixas etárias. A médica explica que o maior problema é mesmo entre os adolescentes. “Nesse caso, o motivo maior é a questão cultural, a falta de informação e a dificuldade de levar o adolescente à sala de vacinação. Isso não é um problema brasileiro, é mundial”, disse.

Segundo ela, a vacinação só não é menor em países que adotam a imunização nas escolas, uma maneira de aumentar a adesão de adolescentes. Este ano, o Ministério da Saúde também vai eleger um Dia D de vacinação nas escolas durante a campanha. A data ainda vai ser definida com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

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Já no caso das crianças, na faixa etária de 4 e 5 anos, segundo Isabella, a baixa na cobertura vacinal acontece porque elas já não frequentam o pediatra como rotina e as famílias acabam esquecendo os reforços necessários nessa fase. Ela ressalta ainda que algumas vacinas precisam de um trabalho mais focado dos órgão de saúde, por isso a importância das campanhas, e outras apresentam baixa cobertura por problemas pontuais de desabastecimento. “Então, é multifatorial”, ressaltou.

Clínicas privadas
As vacinas aplicadas em clínicas privadas é, segundo a presidente da SBIm, comunicada ao Ministério da Saúde e são contabilizadas na cobertura vacinal pelo PNI. “O grande problema é que ainda tem vacinação informal, em consultórios não credenciados, em farmácias não licenciadas. Essas informais não são contabilizadas e consideradas válidas”, disse Isabella.

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Ela ressalta que todas as vacinas do PNI são seguras e utilizadas ha décadas, tanto na rede pública quanto na privada. Alguns pais, entretanto, preferem a vacinação em clínicas particulares porque elas oferecem uma amplitude maior e, no caso da vacina de difteria, tétano e coqueluche acelular, provocam menos reações adversas.

Para Isabella, no entanto, não se pode considerar, simplesmente, uma vacina melhor ou pior. "Pior é não vacinar. Na realidade, a família deve conversar com pediatra a possibilidade ou não de procurar a rede privada, e suas vantagens e desvantagens”.

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Campanhas nos estados
O Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação em São Paulo vai mobilizar mais de 314 mil profissionais de saúde em 5,1 mil postos fixos e volantes, que ficarão abertos ao público das 8h às 17h. A expectativa do governo paulista é a de imunizar pelo menos 9,8 milhões de crianças e adolescentes até 15 anos contra 18 tipos de doença, durante toda a campanha. Segundo o Ministério da Saúde, das 5,5 milhões de vacinas disponibilizadas para São Paulo, 3,3 milhões são doses extras destinadas a essa campanha.

Para o Rio de Janeiro, foram enviadas 1,5 milhão de doses para colocar em dia a situação vacinal de crianças e adolescentes do estado. Desse total, 875,6 mil são doses extras destinadas para a campanha.

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Já o Distrito Federal recebeu 333,1 mil doses de vacinas este ano, desse total, 193,7 mil são doses extras. Das 8h às 18h, 113 salas de vacina estarão abertas no Distrito Federal neste sábado.

De acordo com o ministério, as vacinas disponíveis para crianças menores de 7 anos são: BCG – ID, hepatite B, penta (DTP/Hib/Hep B), VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VOP (vacina oral contra pólio), VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano), vacina pneumocócica 10 valente, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), vacina meningocócica conjugada  tipo C, tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e hepatite A.

Já as doses disponíveis para crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos são hepatite B, febre amarela, tríplice viral, dT (dupla tipo adulto), dTpa, vacina meningocócica conjugada tipo C e HPV.

As informações sobre a Campanha Nacional de Multivacinação de 2017 estão disponíveis na página www.saude.gov.br/vacinareproteger.

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