Chefe de gabinete diz que tem prática de encontros fora da agenda oficial
A PF ouviu a chefe de gabinete de Michel Temer no âmbito do inquérito da Odebrecht, que apura uma negociação de R$ 10 milhões da empresa para o MDB em 2014; segundo o blog de Andreia Sadi, Nara de Deus afirmou "que tal reunião não foi agendada pela depoente, esclarecendo que a administração da agenda oficial do então vice-presidente era tarefa afeta à depoente"
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247 - A Polícia Federal ouviu na sexta-feira (17) a chefe de gabinete de Michel Temer no âmbito do inquérito da Odebrecht, que apura uma negociação de R$ 10 milhões da empreiteira para o MDB em 2014, discutido durante um jantar no Palácio do Jaburu. O blog de Andreia Sadi obteve acesso ao conteúdo do depoimento. O jantar aconteceu entre executivos da Odebrecht, Temer, então vice-presidente, e Eliseu Padilha, atualmente ministro da Casa Civil.
Nara de Deus afirmou que "somente" tomou conhecimento do episódio pela imprensa, "que tal reunião não foi agendada pela depoente, esclarecendo que a administração da agenda oficial do então vice-presidente era tarefa afeta à depoente". A defesa dela sugeriu questionamento complementar sobre se eventos extra agenda oficial era "fato comum naquela época".
Ela respondeu que, "por características pessoais", Temer sempre foi "muito receptivo", desde os tempos em que era parlamentar e afirmou que "essa abertura" continuou quando o emedebista assumiu a vice-presidência da República, "com a prática de receber pessoas sem observar o rigor da agenda oficial". "Portanto, muitos encontros podem ter sido realizados sem o conhecimento da depoente", acrescentou.
Temer havia dito não ter a "menor ciência" de suposto acerto de pagamento da empreiteira ao partido.
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