Congresso articula volta das doações empresariais, causa maior da corrupção
Deputados e senadores pretendem aproveitar os problemas para conseguir arrecadar recursos destinados às eleições municipais deste ano, uma vez que o financiamento empresarial está proibido, para aprovar um projeto que permita o retorno deste tipo de doação; "Não dá para tirar o financiamento empresarial sem colocar algo no lugar", disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB)



247 - A volta do financiamento empresarial de campanhas eleitorais voltou à pauta de discussões do Congresso Nacional. Deputados e s senadores pretendem aproveitar os problemas para conseguir arrecadar recursos nesta eleição, uma vez que o financiamento empresarial está proibido, para aprovar um projeto que permita o retorno deste tipo de arrecadação.
A possibilidade do retorno do financiamento empresarial voltou à baila ainda em agosto, quando os partidos observaram que o volume de doações por parte de pessoas físicas fico aquém do previsto. Segundo o jornal o Estado de São Paulo, 28% dos candidatos de todo o país não conseguiram arrecadar sequer R$ 1,00 até o momento.
"O Congresso, após a experiência dessa eleição, vai ter que decidir sobre isso. Não dá para tirar o financiamento empresarial sem colocar algo no lugar", disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).
Os parlamentares favoráveis ao retorno do financiamento empresarial pretendem apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que já foi já foi aprovada pela Câmara em meados do ano passado. A PEC é considerada necessária uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o financiamento empresarial como inconstituciona.
O financiamento empresarial foi considerado inconstitucional pelo STF em setembro de 2015, em meio as ações da Operação Lava Jato, que apontou que as empreiteiras investigadas haviam doado cerca de 40% do total arrecadado para os maiores partidos políticos em atividade no país, PT, PMDB, e PSDB.
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