CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Desmatamento da Amazônia sobe 93% no ano até setembro, diz Inpe

Desmentindo novamente o discurso do governo de Jair Bolsonaro, o Inpe divulgou que o desmatamento da Amazônia cresceu pelo quinto mês consecutivo em setembro, subindo 93% nos primeiros nove meses do ano na comparação com os nove primeiros meses de 2018

Desmatamento na Amazônia cresce 215%
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Reuters - O desmatamento da Amazônia saltou pelo quinto mês consecutivo em setembro em comparação ao ano passado, com a destruição florestal subindo 93% nos primeiros nove meses do ano na comparação com os nove primeiros meses de 2018, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais publicados nesta sexta-feira.

A destruição da maior floresta tropical do mundo totalizou 7.854 quilômetros quadrados entre janeiro e setembro, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isso é 10 vezes a área da cidade de Nova York.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Somente em setembro, os dados do Inpe mostraram que o desmatamento aumentou 96% em relação ao ano anterior, uma redução em relação aos mais de 200% de aumento anual registrados em julho e agosto. Em termos de área, o mês de setembro representou 1.447 quilômetros quadrados de floresta desmatada, abaixo do pico de 2.255 quilômetros quadrados em julho.

Pesquisadores e ambientalistas culpam o presidente Jair Bolsonaro por encorajar os desmatadores ao pedir que a Amazônia seja desenvolvida e ao enfraquecer o Ibama.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“O desmatamento continua num ritmo que é o dobro do que vinha sendo nos anos anteriores. Então acho que isso tem a ver com as mensagens que continuam sendo trocadas pelo Executivo”, disse Tasso Azevedo, coordenador da iniciativa de mapeamento do desmatamento MapBiomas.

Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disseram que os governos anteriores são os culpados pelo aumento do desmatamento, dizendo que políticas incluindo cortes no orçamento de agências como o Ibama já estavam em vigor muito antes da posse do novo governo em 1º de janeiro.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Palácio do Planalto, Salles e o Ministério do Meio Ambiente não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

Uma onda de incêndios em agosto atingiu a Amazônia com a maior taxa desde 2010, provocando protestos globais e deixando líderes mundiais questionando por que o Brasil não estava fazendo mais para proteger a floresta tropical. Dados separados do Inpe divulgados na semana passada mostraram que os incêndios recuaram em setembro.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os cientistas dizem que os incêndios estão ligados ao desmatamento, com as pessoas limpando a floresta com madeira valiosa e depois incendiando os restos para limpar a terra para a criação de gado ou agricultura.

O desmatamento geralmente atinge o pico na estação seca, que vai de aproximadamente maio a setembro, mas pode variar várias semanas a cada ano. Este ano, a estação das chuvas está um pouco atrasada e está apenas começando este mês em toda a região.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Isso trará algum alívio no curto prazo, mas especialistas já estão prevendo mais desmatamentos no próximo ano.

“A grande questão agora é o que vai ser feito para prevenir no ano que vem”, disse Paulo Barreto, pesquisador afiliado ao Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO