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Controle da Covid-19 durante Brasileirão é impossível, diz médico

O médico Nabil Ghorayeb, especialista em Cardiologia e Medicina Esportiva, acredita que, por enquanto, a competição provavelmente deve continuar, pois haveria "muitos interesses em jogo". Para o especialista, no entanto, o controle sanitário da situação é quase impossível

Mailson Santana/Fluminense FC (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
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Sputnik - Após um início de temporada marcada por jogadores infectados pelo novo coronavírus e suspensão de jogos na Justiça, os times brasileiros se preparam para a segunda rodada do Brasileirão em meio a questionamentos sobre a eficácia dos protocolos impostos pela CBF.

No CSA, 18 atletas estão infectados pelo novo coronavírus e no Goiás o número já chegou a 11. Os protocolos impostos pela CBF se mostraram falhos? Devido ao alto número de atletas infectados em alguns times, é possível que o brasileirão seja suspenso?

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O médico Nabil Ghorayeb, especialista em Cardiologia e Medicina Esportiva, acredita que, por enquanto, a competição provavelmente deve continuar, pois haveria "muitos interesses em jogo".

Para o especialista, no entanto, o controle sanitário da situação é quase impossível, "a começar com o próprio jogador".

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"Será que o jogador se cuida? Evita o contágio com outras pessoas, o abraço a festa de ter vencido, a comemoração? Será que ele está fazendo o uso de máscara o tempo todo? O alcogel, evita aglomeração? Então começa com os próprios jogadores. Os jogadores são jovens, cheios de força, de vontade de jogar e de ganhar dinheiro e querem realmente fazer tudo. Mas muitas vezes relaxam no cuidado e isso a gente têm visto todos os dias", disse Ghorayeb à Sputnik Brasil.

Além disso, afirmou o médio, mesmo no caso dos clubes seguirem as orientações da CBF e dos estudos de infectologistas, a realização do controle da doença é complexa. O contágio nem sempre se revela com sintomas e os pacientes recuperados podem sofrer sequelas e consequências da COVID-19.

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"A gente sabe que muitos pacientes de COVID-19 desenvolvem uma doença chamada miocardite pós-COVID, e que pode levar à morte", alertou o médico, citando casos de esportistas estrangeiros que retomaram as atividades sem o devido acompanhamento.

Para Ghorayeb, o alto custo dos exames seria um outro fator de risco para a realização periódica dos testes. Além disso, seria preciso considerar as margens de erro, que ainda são grandes.

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"Mesmo em lugares de referência pode dar erro, porque não existe exame que seja 100% efetivo. Sempre tem uma faixa de erro de, no mínimo, 10%", alertou o interlocutor da Sputnik Brasil.

O médico não acredita que os patrocinadores, que dependem dos jogos para justificar seus investimentos, estejam prontos para paralisar as atividades. Para ele, o investidor vai pressionar e defender os seus próprios interesses, gerando assim uma distorção no sistema de controle.

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Ele alertou que a pandemia continua e deve durar até o final do ano, no mínimo. O médico argumentou que, mesmo se a vacinação em massa contra a doença começarem em outubro, ainda levará um tempo "para ver se formam os anticorpos e se está funcionando realmente".

"Se eu pudesse tomar uma decisão pessoal minha [...] o meio mais fácil de parar a doença seria parando tudo", concluiu Ghorayeb.

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