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Coronel da reserva diz que aviso da CIA ao governo Bolsonaro sobre eleições é "plantação" para beneficiar militares

Segundo o coronel Marcelo Pimentel, a finalidade do recado da CIA é "preparar a cena do 'teatro de operações' para os generais 'protagonistas'"

Coronel Marcelo Pimentel, militares ao fundo e o símbolo da CIA (Foto: Divulgação)

247 - O coronel da reserva Marcelo Pimentel sinalizou o aviso da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), em julho do ano passado, ao governo brasileiro, para Jair Bolsonaro não questionar as eleições é maneira de não prejudicar os militares. 

"Uma CIA vai deixar-se 'vazar' numa ligação desse nível - entre os diretores da espionagem estadunidense e brasileira? 'Plantação' de 'sementes' narrativas na 'horta' das operações de informação/psicológicas do Partido Militar: a imprensa. Finalidade?", escreveu o militar no Twitter. "A finalidade dessa 'indiscrição' é comprometer os generais 'antagonistas' (estágio de foguete já queimado) para preparar a cena do 'teatro de operações' para os generais 'protagonistas'", acrescentou.

Bolsonaro vem questionando o sistema eleitoral brasileiro e afirmou ser favorável à atuação de militares na contagem dos votos. No final de abril, por exemplo, ele disse que as Forças Armadas "não dão recado", elas "sabem o que é o melhor para o país".

As ameaças de Bolsonaro vêm tendo reações do Judiciário brasileiro. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, criticou nessa quarta-feira (4) "informações falsas ou levianas" sobre as eleições. 

Também no mês passado, o ministro do STF Luís Roberto Barroso disse que as Forças Armadas 'estão sendo orientadas a atacar e desacreditar' o processo eleitoral.

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