Corrida na rocinha reúne moradores da favela e do asfalto

Agência Brasil - Cerca de 2 mil pessoas participaram, no último domingo (22), do evento Rocinha de Braços Abertos, uma corrida destinada a integrar moradores da comunidade e de vários bairros do asfalto. O evento é uma parceria entre a Embratel e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (Bope).

A corrida teve percursos de 5 quilômetros e 10 quilômetros na área da Rocinha, considerada a maior favela da América Latina. O evento organizou ainda a minicorrida inédita para crianças até 12 anos, disputada por 500 corredores mirins. A expectativa dos organizadores do Rocinha de Braços Abertos era gerar receita de cerca de R$ 100 mil para a comunidade.

Um dos incentivadores da campanha, o sargento Sergio Dantas, do Bope, diz que a iniciativa significa mais do que uma simples modalidade esportiva. “É unir comunidade e sociedade em torno de uma só causa, que é a paz. É unir todos em um só evento.”

Dantas foi um dos representantes do Bope na corrida, ao lado de mais 110 maratonistas da corporação. Responsável pelas inscrições para o Rocinha de Braços Abertos, o sargento informou que estava prevista a participação de dois mil corredores, número que já tinha sido atingido na quinta-feira. Por questão de segurança, os pedidos de inscrição feitos posteriormente foram recusados.

Sergio Dantas está na polícia há 23 anos e já defendeu o Bope em diversas corridas, tanto no Brasil quanto no exterior. Ele participou das maratonas de Nova Iorque e Chicago, nos Estados Unidos, e de Amsterdã, na Holanda, e se considera “um motivador para a garotada que entra no Bope" e tenta superá-lo. Ele pretende ser amanhã um dos primeiros atletas do Bope a cruzar a linha de chegada.