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"É assim que ele se torna ditador", diz presidente da HRW sobre violações dos direitos humanos no Brasil

Kenneth Roth, presidente da Human Rights Watch, mundo criticou duramente o governo Jair Bolsonaro. "Uma eleição não dá ao líder uma licença para violar direitos humanos. É assim que ele se torna ditador, que um ditador chega pelo voto", afirmou

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247 - A cúpula da Human Rights Watch (HRW), uma das mais respeitas ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos em todo o mundo criticou duramente o governo Jair Bolsonaro. O presidente da HRW, Kenneth Roth, nafirmou não contestar a legitimidade da eleição de Bolsonaro, mas ressaltou que “uma eleição não dá ao líder uma licença para violar direitos humanos. É assim que ele se torna ditador, que um ditador chega pelo voto".  

Roth, que juntamente com a direção da HRW está no Brasil pela primeira vez, tentou agendar encontros com  Jair Bolsonaro e com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), mas não obteve sucesso. Eles, porém, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

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Durante uma entrevista coletiva, realizada nesta quarta-feira (16), Roth citou como exemplos de violações dos direitos humanos no Brasil o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, os ataques de Bolsonaro à imprensa, ao meio ambiente e aos povos tradicionais e indígenas, entre outros pontos. 

Segundo ele, o pacote anticrime, apresentado por Moro e defendido por Bolsonaro “quer dar luz verde às execuções sumárias” por parte da polícia, através do chamado mecanismo de ilicitude, ao permitir que policiais abram fogo alegando "surpresa, medo ou violenta emoção”. 

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"Se você está vivendo na comunidade e sabe que a polícia está atirando em qualquer um, você vai ficar com medo da polícia. Em vez de protetores, os policiais perdem o contato com a sociedade”, disse. 

Ele também condenou os ataques de Bolsonaro contra a imprensa, a exclusão da sociedade civil na formulação de políticas públicas, o conservadorismo e o retrocesso na agenda de costumes, o combate a ideologia de gênero e as críticas ao aborto, mesmo nos casos previstos e garantidos pela legislação.  "Eles ainda acham que só existe homem e mulher r e têm retirado direito das mulheres", disse Roth.  

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"O que estamos preocupados é que Bolsonaro está atacando muitos elementos que tornam o Brasil uma democracia. É um plano que vimos em outros países, como Estados Unidos, Turquia, Egito, Filipinas, Rússia. Não queremos que o Brasil siga o caminho desses países", afirmou o presidente da HRW. 

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