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É hora de voltar às ruas

Não há governo que por si só faça reformas profundas sem que seja pressionado pela força de milhões. É preciso voltar urgente às ruas, em defesa do plebiscito e da reforma política

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É preciso entender que o governo federal, acuado pelas ruas, deu um passo à esquerda. Não perceber esse movimento e pensar que o plebiscito é uma mera manobra para protelar decisões e ganhar tempo é não entender o mais grave de toda a situação: o modelo pelo qual Lula se elegeu – capitalistas e trabalhadores unidos sob uma nação que se desenvolve alegre e feliz – está dando sinais de esgotamento. E se o cobertor encurtou, alguém vai ficar com os pés de fora neste frio. É isto que está em disputa.

Os conservadores sabem que o cobertor está encurtando, mas padecem de dois problemas para retomarem por completo o controle e impor sua agenda: em primeiro lugar, não conseguiram desconstruir o mito que ocupa a cabeça do trabalhador brasileiro, do operário que virou presidente e fez o que os outros políticos não conseguiram, distribuir renda e promover o crescimento, tirar milhões da miséria absoluta; em segundo, não conseguiram até agora construir uma alternativa viável à Lula.

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Mesmo assim, desconstruir esse mito, mostrar sua inviabilidade, desfazer o sonho de uma nação alegre e feliz – que Lula tão bem tem representado – e caracterizar tudo isso como um sonho de uma noite de verão, esta é uma meta fundamental para voltar a dar credibilidade aos comentaristas de plantão que insistem: o único caminho é o arrocho, desemprego, mais juros e redução dos gastos públicos. Esse é o papel fundamental do PIG, é preciso desacreditar a capacidade popular.

O governo Dilma sabe que precisa do apoio dos trabalhadores, não só para se reeleger, mas para conseguir ficar até o fim do seu mandato e preservar as conquistas sociais. E os erros que o PT cometeu durante todo este tempo, particularmente por não ter trabalhado pelas reformas estruturais que ampliassem o espaço democrático e o controle popular sobre o público, agora cobram sua falta nas manifestações que reclamam dos rumos tomados pelos investimentos federais. Os jovens de classe média foram às ruas porque ficaram espremidos no meio da pirâmide, cada vez com mais gente disputando os mesmos precários serviços sociais, e porque desacreditam das instituições e partidos.

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É preciso canalizar essas forças para a disputa das reformas e para preservar as conquistas sociais, porque há dois caminhos postos efetivamente à luz do dia até agora: o projeto Lula/Dilma e a possibilidade Aécio/Campos. Há outro caminho? Sim, o outro caminho é as manifestações de rua cobrarem do projeto Lula/Dilma sua conta, exigindo mais democracia e maior distribuição de riqueza. Não há governo que por si só faça reformas profundas sem que seja pressionado pela força de milhões. É preciso voltar urgente às ruas, em defesa do plebiscito e da reforma política.

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