Em troca de apoio, governo quer dar "paternidade" de obras a parlamentares
Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil, Abelardo Lupion, afirmou que o governo trabalha para implementar um sistema no qual os parlamentares participem da inauguração de obras que atualmente estão paradas ou inacabadas; promessa de permitir que os parlamentares “carimbem” obras nos seus Estados já tinha sido feita pelo presidente Jair Bolsonaro
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Ricardo Brito, Reuters - O secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil, Abelardo Lupion, afirmou nesta quarta-feira que o governo trabalha para implementar, o mais rápido possível, um sistema no qual os parlamentares participem da inauguração de obras que atualmente estão paradas ou inacabadas.
“Como disse o presidente em todo o seu programa eleitoral, as obras, nós vamos creditar aos parlamentares, quando for para a região deles, eles são aqueles que estão levando essas obras”, disse Lupion à Reuters.
O secretário afirmou que o governo está conversando com governadores, lideranças políticas e parlamentares que têm obras emblemáticas. Destacou que o Executivo está fazendo esse trabalho de “recuperar esse passivo” com o apoio do Tribunal de Contas da União.
A iniciativa da Casa Civil é mais uma das iniciativas do governo para tentar melhorar o relacionamento com o Congresso Nacional, no momento em que o Executivo tenta avançar a reforma da Previdência. Essa promessa de permitir que os parlamentares “carimbem” obras nos seus Estados já tinha sido feita pelo presidente Jair Bolsonaro meses atrás.
Segundo Lupion, com as mudanças feitas por Bolsonaro, a articulação política ficará formalmente vinculada à Secretaria de Governo, a ser comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, substituto do também general Carlos Alberto Santos Cruz.
Mas o secretário da Casa Civil argumentou que “o governo é um só” e que tanto a Casa Civil quanto a Secretaria de Governo vão fazer um trabalho conjunto, uma vez que as salas são lado a lado no Palácio do Planalto.
“Não temos problema com relacionamento aqui dentro, o importante é atingir os objetivos, e o principal deles é aprovar a reforma da Previdência”, afirmou.
Essa atuação compartilhada, disse Lupion, também será feita no caso da liberação de emendas parlamentares. Segundo ele, no momento o encaminhamento em relação a essas emendas está sendo feito pelas lideranças do governo que ficam no Congresso.
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