Empresários classificam encontro com Elon Musk de 'conversa fiada' e 'evento de publicidade'
Executivos reclamaram da falta de efeitos práticos dos anúncios
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247 - Executivos de empresas criticaram o encontro com o bilionário Elon Musk nessa sexta-feira (20) durante evento do Ministério das Comunicações no interior de São Paulo. Empresários reclamaram da falta de efeitos práticos dos anúncios e classificaram o encontro de "conversa fiada".
Embora o evento para falar de satélite ou tema conectividade da Amazônia , só Musk teve espaço, o que incomodou parte dos CEOs. Segundo o jornal O Globo, um executivo chamou o encontro com Elon Musk de “um grande evento de publicidade”. Outro deles classificou o convescote como “uma ideia de jerico”. O almoço teria sido mais elogiado pelo menu do que pelo teor das conversas: “foi só comida e conversa fiada”, definiu um dos presentes, segundo o jornal. Um dos presentes decidiu ir embora e resumiu sua participação: “vim ver e ser visto por uma questão de cortesia com o Ministério das Comunicações”
A presença do BTG chamou a atenção, com a presença de alunos da Inteli, apoiado pelo banco. Musk almoçou entre Bolsonaro e o banqueiro André Esteves. Os fundos do BTG compram metade da empresa de fibra ótica da Oi, a InfraCo.
A empresa de satélite bilionário tem autorização para operar no Brasil e pretende oferecer internet em áreas rurais a partir de meados deste ano nas regiões Sul e Sudeste.
Brasil já tem programa para Amazônia
O programa que o bilionário Elon Musk veio oferecer ao governo de Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (20) para conectar escolas rurais à internet já existe desde 2018.
Segundo a jornalista Malu Gaspar, do Globo, o programa foi executado por meio de um acordo da Telebras com a empresa Viasat Telecomunicações, do igualmente bilionário Mark Dankberg e o maior concorrente de Musk nos Estados Unidos.
Pelo acordo firmado, a Viasat utiliza 58% da capacidade do satélite SGDC-1 e a Telebras, 42%. O governo pagou R$ 700 milhões para a instalação dos equipamentos e colocá-los em operação.
Chamado inicialmente de Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) e rebatizado por Jair Bolsonaro de de Wi-Fi Brasil, ele usa um satélite que custou R$ 3 bilhões ao governo brasileiro para conectar 10 mil escolas das regiões Norte e Nordeste à internet.
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