CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Erro no Enem é a crise mais aguda da educação brasileira nos últimos 50 anos, diz especialista

Nesta terça-feira (28) o Ministério da Educação (MEC) acatou a liberação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e liberou a lista de aprovados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Mas o debate se aprofunda no país sobre o grave erro do MEC dirigido por Abraham Weintraub

(Foto: Agência Brasil)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O Sisu é responsável pelo acesso a 128 instituições públicas de ensino no Brasil e oferece 237 mil vagas.

O processo de seleção tinha suspenso pela Justiça Federal que exigia que o MEC comprovasse documentalmente que corrigiu todas as falhas nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A pasta divulgou ter encontrado erro na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição do exame.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Lincoln Araújo, professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), disse que o erro no Enem é uma das crises mais graves enfrentadas pela educação brasileira nos últimos 50 anos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Essa talvez seja a pior crise, a crise mais aguda do processo educacional somando os últimos 50 anos", afirmou.

Segundo Lincoln Araújo, isso se deve ao fato de centenas de milhares de jovens e adultos contarem com o exame para o seu futuro profissional.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Quando que você se estabelece um conjunto de dúvidas em relação ao processo de avaliação e de ingresso na universidade isso traz um baque e um trauma profundo a esses jovens adolescentes, aos seus pais, que sonham com o acesso à universidade e a profissionalização", analisou.

Lincoln Araújo disse que, apesar do Enem já ter apresentado falhas em outras edições, dessa vez o problema é de uma dimensão diferente porque coloca em questão a lisura do processo de correção.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"O Enem está fazendo 22 anos e então são políticas públicas permanentes no campo da educação e que são fundamentadas no principio da Constituição de 88. Nestes 22 anos o Enem passou por problemas, é preciso reconhecer isso. Mas esse atual problema do Enem, que vai se desdobrar no Sisu e no ProUni, é um problema ímpar, diferentemente daqueles que aconteceram em outro momento", disse.

Segundo o especialista, o principal culpado pelas falhas é o próprio governo federal.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Os setores que hoje gerenciam o estado brasileiros foram eleitos com o discurso da eficiência, do gerencialismo e nós estamos vendo na prática que não conseguem aplicar um exame que já tem 22 anos de expertise", completou.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO