EUA e Comissão Europeia intensificam tratativas para obter minerais críticos do Brasil

O objetivo é distanciar-se do fornecimento da China

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, com Elizabeth Bagley, embaixadora dos EUA no Brasil e Jose W. Fernandez, subsecretário de Estado dos EUA para Assuntos Econômicos, Energia e Meio Ambiente
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, com Elizabeth Bagley, embaixadora dos EUA no Brasil e Jose W. Fernandez, subsecretário de Estado dos EUA para Assuntos Econômicos, Energia e Meio Ambiente (Foto: Divulgação)


247 - 34 países liderados pelos Estados Unidos e Comissão Europeia lançaram uma ofensiva diplomática para tentar ganhar espaço na extração de recursos no Brasil à medida que o país tenta firmar uma série de acordos comerciais com a China. 

O governo do presidente Lula enfrenta agora uma reação coordenada dos governos dos Estados Unidos, 27 países da União Europeia, Reino Unido, Japão, Noruega, Canadá, Austrália e Coreia do Sul, informa o colunista José Casado, da Veja.

Segundo o jornalista, o objetivo desses países é garantir acesso às reservas brasileiras de minerais críticos à medida que eles tentam distanciar-se da China. O país asiático domina mais da metade do mercado global de uma dezena de matérias primas estratégicas. 

Eles buscam abertura às suas empresas na prospecção, exploração e processamento de níquel, lítio, cobre e magnésio, entre outros minerais considerados essenciais na base tecnológica da transição energética das indústrias.

Nos últimos dez dias, o governo brasileiro tem enfrentado uma crescente pressão durante as visitas de Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia, e Jose Fernandez, subsecretário de Estado dos EUA para Assuntos Econômicos, Energia e Meio Ambiente, a Brasília. 

Em declarações feitas na terça-feira (21) na capital brasileira, Fernandez afirmou que "os membros dessa parceria estão muito interessados na possibilidade de investimento no Brasil". 

Ele acrescentou que "conversamos com o governo brasileiro sobre isso e vamos continuar a conversar. Durante a pandemia, aprendemos o que significa ter vulnerabilidade na cadeia de abastecimento. Estamos dizendo que seguiremos os mesmos padrões ambientais, sociais e de governança que seguimos em nossos países na produção mineral".

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