Executivo da Odebrecht sugeriu se mudar para países sem cooperação
Empresário Luiz Augusto França, que atuava no chamado 'banco da propina da Odebrecht', afirmou à força-tarefa da operação Lava Jato que executivos da empreiteira sugeriram que ele e seu sócios Vinicius Borin e Marco Bilinski saíssem do Brasil para países que não tivessem Cooperação Internacional; "Eles poderiam escolher alguns países, como Dubai, Antígua, Portugal. República Dominicana, deixando aberto também para outros países, observando que os países que sugeriam não tinham tratado de cooperação, o que daria maior segurança de que não seriam responsabilizados pelas autoridades brasileiras", afirmou o delator
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247 - O empresário Luiz Augusto França, apontando como um dos três delatores ligados ao 'banco da propina da Odebrecht', afirmou à força-tarefa da operação Lava Jato que executivos da empreiteira sugeriram que ele e seu sócios Vinicius Borin e Marco Bilinski saíssem do Brasil para países que não tivessem Cooperação Internacional.
Marco Bilinski, Vinícius Borin e Luiz França, que atuavam no setor financeiro e trabalhavam como captadores de clientes para o banco no Brasil, acordaram em pagar R$ 1 milhão de multa cada um e também repatriar todos os bens que possuírem no exterior, recolhendo os impostos às autoridades brasileiras.
Segundo França, a conversa começou com Fernando Migliaccio e continuou com Felipe Montoro,executivos da empreiteira. "Felipe Montoro já esteve no escritório do depoente e também encontraram-se algumas vezes, inclusive, em Viena e Portugal, na maioria ela vezes acompanhado de Fernando, ocasiões em que sugeriram aos executivos do Meinl Bank deixarem o Brasil em razão das investigações da Lava Jato; que disseram que eles poderiam escolher alguns países, como Dubai, Antígua, Portugal. República Dominicana, deixando aberto também para outros países, observando que os países que sugeriam não tinham tratado de cooperação, o que daria maior segurança de que não seriam responsabilizados pelas autoridades brasileiras", afirmou o delator.
O Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23.ª etapa da Lava Jato, que levou à prisão do marqueteiro João Santana, sua mulher e sócia, Mônica Moura, além do próprio Borin. Foi a partir da Operação Acarajé – assim batizada em referência a um dos nomes usados nas planilhas da contabilidade paralela da Odebrecht para propinas – que a força-tarefa da Lava Jato chegou ao núcleo dos pagamentos ilícitos da empreiteira.
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