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Brasil

Familiares de vítimas da ditadura se solidarizam com Amelinha Teles

Vítima de fake news da campanha de Bolsonaro, que a acusou falsamente de matar e torturar militares, a escritora e ativista Maria Amélia de Almeida Teles, conhecida como Amelinha Teles, e sua família ganhou a solidariedade de grupos de familiares de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar; assista

Familiares de vítimas da ditadura se solidarizam com Amelinha Teles (Foto: Reprodução TV)
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247 - Vítima de fake news da campanha de Bolsonaro, que a acusou falsamente de matar e torturar militares, a escritora e ativista Maria Amélia de Almeida Teles, conhecida como Amelinha Teles, e sua família ganhou a solidariedade de grupos de familiares de mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar.

Ex-presa política e histórica defensora de direitos humanos, Amelinha apareceu numa propaganda partidária de Fernando Haddad (PT) que retrata a afeição de Bolsonaro pela prática de tortura. O vídeo foi suspenso por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A militante foi presa em dezembro de 1972 e submetida a sessões de torturas realizadas pelo major do exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-Codi de São Paulo. Seus filhos pequenos foram sequestrados por um delegado e obrigados a ver os pais machucados, informa reportagem do DCM.

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Leia, abaixo, o abaixo-assinado na íntegra:

Nós, familiares de mortos e desaparecidos políticos, defensores de direitos humanos, organizações e entidades abaixo-assinadas, nos solidarizamos com Amelinha Teles, ex-presa política e histórica defensora de direitos humanos e sua filha Janaína Teles, historiadora e defensora de direitos humanos. Ambas vêm sendo alvo de uma onda de ataques nas redes sociais.

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As agressões começaram após Amelinha gravar um depoimento ao lado de Janaína, sobre as torturas às quais foram submetidas durante a ditadura militar. Amelinha relata o momento em que seus dois filhos foram levados ao centro de torturas, o DOI-Codi, em São Paulo, quando ambos não a reconheceram por conta das condições que estava após sessões de tortura. Janaína relata como foi ver, aos cinco anos de idade, os pais torturados. Os testemunhos foram ao ar durante o programa eleitoral do presidenciável Fernando Haddad (PT).

Os depoimentos foram alvo de ataques de seguidores do candidato Jair Bolsonaro (PSL), com ameaças, xingamentos e agressões. Também circula no Facebook uma foto de Amelinha com texto contendo acusações mentirosas sobre violências que ela teria cometido quando militava contra a ditadura. No processo que respondeu por conta de sua atuação política no período, contudo, não há nenhuma referência aos supostos crimes.

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Em 2008, em uma decisão inédita, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra foi declarado torturador pela primeira vez. A decisão foi referendada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No momento em que há um presidenciável que defende a tortura e tem como ídolo um torturador da ditadura declarado, é fundamental reforçar nosso repúdio à ditadura militar (1964-1985), que colocou o país sob um regime autoritário, perseguiu, estuprou, sequestrou, torturou, assassinou e ocultou os corpos de opositores políticos.

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Queremos agradecer à Amelinha Teles por sua incansável luta por memória, verdade e justiça em relação aos crimes contra a humanidade cometidos por agentes do Estado.

Ditadura nunca mais!
Tortura nunca mais!

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Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos

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