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Brasil

Fomos punidos por greve, diz entregador de aplicativo ao denunciar empresas

Membro do movimento “Entregadores Antifascistas”, Tiago Bonini explica que a primeira paralisação mostrou força da categoria e que a uberização se da pandemia para ampliar os lucros

São Paulo, SP. 01 de julho de 2020 greve dos entregadores de aplicativos, (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Publicas)
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Diálogos do Sul, Opera Mundi - O entregador Tiago Camargo Bonini, 28 anos, costuma acordar todos os dias às 8h da manhã. Às 10h ele pega a sua bicicleta e sai de casa, do Jardim Apura, na região da Pedreira, na zona sul da cidade de SP, e pedala por 25 km até a avenida Paulista, região central.

Ele trabalha com entrega de comida por aplicativos e faz parte do movimento “Entregadores Antifascistas”, grupo que participou da mega paralisação nesta quarta-feira (1/7), intitulada de #BrequeDosApps, e que aconteceu em diversas regiões pelo país.

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Mesmo fazendo parte do grupo de risco por ser asmático, Tiago não pode parar de trabalhar mesmo com o risco da pandemia do coronavírus. Com isso, ele manteve a jornada de 12h diárias, mas viu o baixo salário que recebia ser reduzido drasticamente. “Aumentou bastante o número de entregadores, porque muita gente, além de perder o emprego, viu uma oportunidade de ter uma renda extra. E acabou diluindo a demanda de entregas”, disse em entrevista à Ponte.

Há muitos anos ele trabalha com entregas de comida, mas começou a trabalhar para os aplicativos Rappi, iFood e Uber Eats há um ano. “Antes dos aplicativos a gente conseguia trabalhar direto nos restaurantes ou em empresas de entregas, agora não tem mais isso. Os restaurantes também ficam dependentes dos aplicativos, porque se eles não estiverem cadastrados lá acabam ficando sem vender, porque quase todo mundo pede por lá”, lamenta.

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Tiago conta que a resposta das empresas de aplicativos a primeira greve dos entregadores foi punição. “A taxa mínima por entrega caiu ainda mais. O que já tava pouco, ficou pior. A gente entende, então, que não vai ser tão fácil conseguirmos o que estamos pedindo”, lamenta.

Confira a entrevista.

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