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Genoino: PT não pode convalidar a solução pelo alto. É preciso retomar a indignação e o enfrentamento

“Não podemos achar que é normal mudar alguma coisa para que nada mude. O PT se viabilizou nesses 41 anos porque não teve medo de ser contra a ordem, não teve medo do lado que escolheu. Temos que ser a rebeldia organizada”, afirmou à TV 247 o ex-deputado federal. Assista

(Foto: Rodolfo Stuckert)
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247 - Ex-deputado federal e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino afirmou à TV 247 que o partido não pode “convalidar a chamada solução pelo alto”. Para ele, é necessário retomar o caráter de indignação da legenda para fazer o enfrentamento contra o governo Jair Bolsonaro e a campanha autoritária que ele representa.

O partido, que completou 41 anos na última semana, chegou a tal marca exatamente por não se acovardar perante os poderosos, disse Genoino. “O PT se viabilizou porque não teve medo de ser contra a ordem, não teve medo de defender que é PT, não teve medo do lado que escolheu. Nós sofremos algumas consequências, mas viabilizamos um projeto. Esse projeto que chegou ao Lula em 2002 não se materializou em mudanças profundas nas instituições do Estado, e esse Estado que nós governamos com base na Constituição de 1988 nos golpeou e fez esse golpe preventivo”. 

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“Hoje se coloca a grande questão para o PT: nós não podemos convalidar a chamada solução pelo alto, não podemos achar que é normal mudar alguma coisa para que nada mude, não podemos achar que é normal fazer aquilo que o velho Antônio Carlos dizia, ‘vamos fazer a revolução antes que o povo a faça’. Nós temos que recuperar o papel da indignação, o papel do enfrentamento com base em uma plataforma emergencial de enfrentamento da pandemia, defesa do auxílio emergencial, fora este governo e suas políticas, defesa dos direitos políticos do Lula - isso é inegociável. A democracia é inegociável”, falou.

O ex-parlamentar criticou qualquer hipótese de anulação das sentenças do ex-juiz Sergio Moro proferidas contra o ex-presidente Lula sem que os direitos do petista sejam também devolvidos. “É a interdição do Lula, mas a interdição do Lula é uma interdição de uma alternativa de esquerda. Isso nós não podemos aceitar”.

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Genoino defendeu ainda que o PT encabece a formação de um “bloco histórico” de combate ao bolsonarismo. “O PT tem que ser o contraponto contra essa ordem, e a partir daí aglutinar forças de esquerda e de centro-esquerda, forças populares e intelectuais para um bloco histórico que acumule força no enfrentamento do grande risco que ronda o país, que é a consolidação desse autoritarismo processualista sustentando uma ordem econômica monopolista, financeirizada e dependente, eliminando direitos, tirando a constitucionalidade da democracia, se apossando dos fundos públicos e o Brasil voltando a ser um país produtor de minérios e de produtos agropecuários. Não podemos aceitar isso. Não podemos nos contentar com o ‘Band-Aid’ e os esparadrapos para tentar segurar a sangria do desastre da barbárie. Temos que ser a rebeldia organizada, temos que ser a alternativa que diz que isso não pode ser aceito e trabalhar dentro de uma tese de acumulação de força. 2021 é chave. Não podemos colocar 2022 na frente de 2021”, explicou.

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