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Brasil

Grileiros usam cadastro ambiental do governo para tomar mais de 18 milhões de hectares na Amazônia

Até o fim de 2020, pelo menos 18,6 milhões de hectares de florestas foram declarados ilegalmente como imóvel rural, dentro do Cadastro Ambiental Rural

Amazônia e Cerrado foram os biomas que tiveram as maiores perdas entre 2000 e 2018, informou o IBGE (Foto: Ueslei Marcelino - Reuters)
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247 - Grileiros de terras estão usando o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para tomarem terra pública na Amazônia. Até o fim de 2020, pelo menos 18,6 milhões de hectares de florestas, área equivalente a 18 milhões de campos de futebol, foram declarados ilegalmente como imóvel rural, dentro do sistema nacional do CAR, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

A pesquisa foi feita sobre as florestas públicas "não destinadas", termo referente a áreas públicas das florestas que não receberam destinação para uso específico, como reserva extrativista ou parque nacional, por exemplo, entre outras classificações de unidades de conservação. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

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As estatísticas mostraram que que essas florestas públicas não destinadas, conhecidas no setor ambiental pela sigla FPND, ocupam uma área de 57,5 milhões de hectares, território superior aos de países como a Espanha e equivalente a 14% da área total do bioma Amazônia. 

A lei determina que governo proteja essas florestas, que devem ser voltadas a fins específicos de conservação, ocupação indígena ou uso sustentável de seus recursos. 

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O fato é que, para registrar e validar a situação ambiental dos imóveis rurais, o registro é autodeclaratório, feito pelo próprio ocupante, por meio de um sistema, usado indevidamente por grileiros que fazem cadastram frações de florestas públicas como suas.

"O que o cruzamento de informações oficiais revela é que esses registram cresceram exponencialmente nos últimos dois anos, devido ao sinal de que esse tipo de crime está livre de punições. A sensação de impunidade cresceu", afirma o pesquisador Paulo Moutinho, que assina a nota técnica do Ipam, ao lado dos pesquisadores Ane Alencar, Isabel Castro, Livia Laureto, Carolina Guyot e Marcelo Stabile.

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