Inscritos no Mais Médicos criam rombo de 2,8 mil vagas em outras áreas
O anúncio de que o número de profissionais brasileiros inscritos no programa Mais Médicos cobria a quase totalidade das cerca de 8,5 mil vagas abertas após a saída dos médicos cubanos, esconde a realidade de que cerca de 2,8 mil deles abandonou os postos onde atuavam originariamente; de acordo com dados do Conasems, do total de 8,3 mil vagas preenchidas por meio do edital lançado pelo Ministério da Saúde, 2.844 (34%) foram ocupadas por médicos que abandonaram os postos que ocupavam junto ao programa Estratégia Saúde da Família (ESF), mantido pelas prefeituras
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247 - O alardeado anúncio de que o número de profissionais brasileiros inscritos no programa Mais Médicos cobria a quase totalidade das cerca de 8,5 mil vagas abertas após a saída dos médicos cubanos, esconde a realidade de que cerca de 2,8 mil deles abandonou os postos onde atuavam originariamente. A nova situação foi apresentada pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) a integrantes do Ministério da Saúde durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (29).
De acordo com os dados do Conasems, do total de 8,3 mil vagas preenchidas por meio do edital lançado pelo Ministério da Saúde, 2.844 (34%) foram ocupadas por médicos que atuavam junto ao programa Estratégia Saúde da Família (ESF), em um movimento migratório para poderem atuar junto ao programa federal.
A explicação para esta mobilização está no salário. Enquanto as prefeituras pagam menos de R$ 10 mil mensais, no Programa Mais Médicos esta remuneração chega a R$ 11,8 mil, além de auxílios para alimentação, transporte e aluguel. Ainda conforme o Conasems, a situação se agrava se for levado em consideração o número de profissionais que deixaram seus cargos no Sistema Único de Saúde (SUS) para ocuparem as vagas do Mais Médicos.
"Se o médico sai de um serviço do SUS para atender em outro, o município de origem fica desassistido, independente se esse médico se desloca da atenção básica ou da especializada, principalmente em relação ao Norte e Nordeste, onde todos os estados têm municípios com perfil de extrema pobreza e necessitam da dedicação desses profissionais que já estão trabalhando", disse o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, em uma nota publicada no site da entidade.
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