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José Dirceu: ‘se necessário, chapa de Lula precisa ter vice mais amplo que a esquerda’

Ex-presidente nacional do PT disse que principal objetivo de 2022 é derrotar Bolsonaro e eleger Lula com programa de reformas

José Dirceu (Foto: Lula Marques)
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Camila Alvarenga, Opera Mundi - No programa 20 Minutos Entrevista dessa sexta-feira (17/12), o jornalista Breno Altman entrevistou o ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores José Dirceu sobre os rumos políticos do país.

Ex-ministro da Casa Civil durante o primeiro governo Lula, Dirceu comemorou a tendência atual, que indica que o ex-presidente venceria no primeiro turno das eleições de 2022, de acordo tanto com a Datafolha quanto com o Ipec, “mas não podemos dizer que a vitória está consolidada”. 

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Ele lembrou que, em momentos anteriores, as pesquisas eram otimistas, mas depois o partido não teve o resultado esperado, reforçando que isso deve servir de experiência.

“Mas é fato que a rejeição de [Jair] Bolsonaro até no sudeste e o apoio a Lula no centro-oeste indica que as chances de vencer no primeiro turno são reais, até porque as duas candidaturas de direita, de Sergio Moro e João Doria, não têm muito espaço. É evidente que, mesmo assim, haverá um esforço grande em torno de Moro e não podemos subestimar Bolsonaro, que é um competidor com base popular”, discorreu.

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Dirceu destacou que o objetivo do pleito será derrotar o bolsonarismo e eleger Lula, formando uma bancada que o permita governar. Por isso, ele defendeu a criação de uma política mais ampla.

“Como essa política vai se expressar depende de como vão evoluir os outros partidos e o próprio posicionamento de Geraldo Alckmin, por exemplo [cogitado para ser o vice de Lula]. Acho que, se for necessário, temos que ter um vice mais amplo que a esquerda. Na conjuntura atual, não me oponho que se faça essa ampliação, mas nada foi decidido e se Alckmin decidir aceitar ser o vice de Lula, ele terá de aceitar tudo o que Lula vem defendendo, não só o antibolsonarismo, mas o antineoliberalismo e a defesa de todas as reformas sociais e radicalização da democracia”, ponderou o ex-presidente nacional do PT.

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Apesar das alianças, Dirceu também sublinhou a importância de uma campanha de mobilização, elevação do nível de consciência e convencimento político para poder levar a cabo o programa de reformas que o PT propõe conseguir eleger bancadas e governos.

“O sentimento predominante é contra o bolsonarismo, de retomar o caminho democrático, de combater a fome, e acho que todos veem que Lula é o único capaz de fazer isso”, alegou.

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Novo governo de esquerda

Caso Lula se eleja, Dirceu refletiu sobre as dificuldades que seu eventual governo encontraria. Disse esperar que os militares “voltem aos quartéis” e que a direita entenda que “está aferrada a coisas que até os países centrais do capitalismo estão abrindo mão, como o teto de gastos”.

Com relação à política externa, para evitar retaliações imperialistas, ele frisou que o Brasil deverá trabalhar para voltar a criar uma integração latino-americana, com uma diplomacia não alinhada, mas de oposição ao imperialismo norte-americano e em solidariedade a aliados estratégicos, como a China. “O Brasil precisa manter sua posição histórica de ter sua política externa própria, não alinhada”, repetiu.

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O dirigente também discorreu sobre as reformas que deverão ser feitas por um novo governo Lula, por exemplo revogando o teto de gastos e a regra de ouro: “Temos que superar esse modelo econômico que começou a ser implementado com Michel Temer e essas restrições constitucionais absurdas”.

Além disso, ele destacou a importância de realizar uma disputa política e cultural, utilizando também as redes sociais para estar em constante contato com a base e gerar respaldo para o governo.

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Assista à entrevista na íntegra: 

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