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Brasil

Judeus explicam por que bolsonarismo é uma forma de nazismo

Michel Gherman, do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ, e Fábio Tofic Simantob, mestre em direito penal pela USP, alertam para a proximidade de bolsonaristas com o nazismo. "Continuam a acreditar nas teses supremacistas e conspiratórias típicas do antissemitismo e do racismo estrutural", dizem. "Posições xenófobas e que relativizam o Holocausto não podem ser toleradas"

Michel Gherman, Hitler, Jair Bolsonaro e Fábio Tofic Simantob (Foto: Reprodução | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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247 - Em análise publicada no jornal Folha de S.Paulo, Michel Gherman Professor-coordenador do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ e diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel (Ibis), e Fábio Tofic Simantob, mestre em direito penal pela USP e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), alertam para a proximidade do governo Jair Bolsonaro com práticas nazistas.

"Criam um judeu para chamar de seu, enquanto continuam a acreditar nas teses supremacistas e conspiratórias típicas do antissemitismo e do racismo estrutural", dizem. "A visita de deputada de um partido de extrema direita alemão a Bolsonaro nos fez lembrar disso. Posições xenófobas e que relativizam o Holocausto não podem ser toleradas. Judeus e não judeus devem entender os vínculos ideológicos do bolsonarismo com o nazismo. Eles nunca foram ocultos, mas hoje estão mais claros do que nunca, sorridentes e saindo do armário para os braços de uma deputada neonazista. Só não vê quem não quer", acrescentam.

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De acordo com os analistas, "quando Jair Bolsonaro esteve no clube Hebraica do Rio de Janeiro e comparou quilombolas a gado gordo, ele estava efetivamente reproduzindo um pensamento racista - mas alguns preferiram relevar". "Quando o secretário da Cultura gravou um vídeo emulando Joseph Goebbels, tampouco despertou a ira ou a revolta daqueles que queriam enxergar Bolsonaro como o amiguinho dos judeus e de Israel. O presidente, no passado, já havia feito elogios a Hitler. Mas isso também não foi grave o suficiente para encará-lo como um líder racista e antissemita", destacam.

Os estudiosos fazem um paralelo com o antijudaísmo no exterior. "A extrema direita polonesa e húngara e os supremacistas americanos - parceiros ideológicos do bolsonarismo - não escondem seu ódio aos judeus. Idolatram uma Israel branca e cristã, a Israel imaginária, enquanto que, de outro, não toleram o estranho, o diferente, o estrangeiro - em suma, o judeu histórico", complementam.

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