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Luis Felipe Miguel e o ‘lulismo virado à esquerda’

"Parte da militância do PT julga que a solidariedade ao ex-presidente, que é de fato um preso político, veda qualquer debate sobre o futuro da esquerda. Penso que, ao contrário, este debate se torna cada vez mais urgente – sem que a denúncia do arbítrio e a luta por sua libertação fiquem em segundo plano", analisa o cientista político e professor Luis Felipe Miguel

"Parte da militância do PT julga que a solidariedade ao ex-presidente, que é de fato um preso político, veda qualquer debate sobre o futuro da esquerda. Penso que, ao contrário, este debate se torna cada vez mais urgente – sem que a denúncia do arbítrio e a luta por sua libertação fiquem em segundo plano", analisa o cientista político e professor Luis Felipe Miguel (Foto: Gisele Federicce)
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Por Luis Felipe Miguel, no Justificando - A prisão de Lula representou o epílogo do projeto lulista. Não pela destruição do ex-presidente – ele mostrou, no ato de São Bernardo do Campo, que continua em forma e sua importância política certamente resiste ao encarceramento. O que não tem futuro é o projeto de acomodação de interesses que permitiu que políticas de combate à miséria e de abertura de possibilidades de mobilidade social aos mais pobres se combinassem com a manutenção quase intocada das vantagens dos grupos dominantes. Seu esgotamento foi demonstrado pelo golpe de 2016 e pela acelerada política de destruição de direitos implementada pelo governo Temer. Ao longo de todo o processo, Lula não se cansou de acenar com a possibilidade de uma recomposição do pacto, mas, como resposta, recebeu a continuidade da perseguição contra ele e, agora, a prisão. O recado é ainda mais claro quando se põem na conta todas as ilegalidades cometidas para chegar a esse resultado.

Parte da militância do PT julga que a solidariedade ao ex-presidente, que é de fato um preso político, veda qualquer debate sobre o futuro da esquerda. Penso que, ao contrário, este debate se torna cada vez mais urgente – sem que a denúncia do arbítrio e a luta por sua libertação fiquem em segundo plano. Trata-se de buscar os melhores caminhos para enfrentar uma situação em que andam juntos o retrocesso social, o cerceamento das liberdades e a criminalização da própria esquerda.

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