Maia diz que não cabe a ele especular sobre possível 3ª denúncia contra Temer
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não cabe a ele fazer especulações sobre uma possível nova denúncia da PGR contra Michel Temer após a prisão de amigos do presidente, na semana passada, no âmbito do inquérito dos portos; "Tenho certeza que o meu papel nesse momento não é ficar especulando sobre a possível, ou não, nova denúncia", disse; Maia também criticou "alguns do governo" pelo que chamou de enfrentamento político ao Ministério Público e ao Judiciário, em aparente referência ao ministro Carlos Marun, que disse que irá apresentar pedido de impeachment do ministro do STF Luís Roberto Barroso
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Reuters - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à rádio CBN, que não cabe a ele fazer especulações sobre uma possível nova denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer após a prisão de amigos do presidente, na semana passada, no âmbito do inquérito dos portos.
Maia afirmou que a crise atravessada pelo governo gera instabilidade, e que seu papel na posição de presidente da Câmara é buscar manter a estabilidade e tocar a agenda legislativa voltada neste momento para a segurança pública e a microeconomia.
"Tenho certeza que o meu papel nesse momento não é ficar especulando sobre a possível, ou não, nova denúncia", disse Maia. "Acredito que como presidente da Câmara meu papel é continuar focando a pauta da Câmara na agenda que já está colocada, que tem um foco na segurança pública e outro foco na microeconomia."
Maia também criticou "alguns do governo" pelo que chamou de enfrentamento político ao Ministério Público e ao Judiciário, em aparente referência ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que tomou a linha de frente na defesa de Temer e disse que irá apresentar pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Barroso é o relator no Supremo do chamado inquérito dos portos, em que Temer é investigado ao lado de aliados sob suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição do decreto para prorrogar os contratos de concessão e arrendamento portuários. Na semana passada, amigos do presidente foram presos como parte dessa investigação.
Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro
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