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Mangabeira Unger: 'Forças Armadas emprestam seu prestígio a governo que deixa Brasil indefeso”

O professor de Harvard Mangabera Unger afirmou que as Forças Armadas seguem precarizadas no país e que, mesmo assim, ainda emprestam prestígio ao governo Bolsonaro. Ele diz: "As Forças lutam, como sempre fizeram em períodos de aperto, para preservar a formação dos oficiais e os projetos mais importantes. Estão perdendo a batalha. Quase ninguém protesta"

Mangabeira Unger diz que PT não ganha sem Ciro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O professor de Harvard Mangabera Unger afirmou que as Forças Armadas seguem precarizadas no país e que, mesmo assim, ainda emprestam prestígio ao governo Bolsonaro. Ele diz: "As Forças lutam, como sempre fizeram em períodos de aperto, para preservar a formação dos oficiais e os projetos mais importantes. Estão perdendo a batalha. Quase ninguém protesta"

Mangabeira disse: "a Defesa do Brasil está abandonada. O gasto na Defesa, medido como participação no PIB, cai desde 1995, com apenas dois momentos de recuperação —em 2001 e de 2008 a 2010. Os gráficos que demonstram, nesses últimos 25 anos, as participações da despesa primária da União e da Defesa no PIB revelam curvas inversas. Aquela só sobe. Esta desaba. Nosso gasto em Defesa caiu a 1,4% do PIB, comparável à Argentina, que, com suas Forças Armadas destroçadas, gasta 1,3%, e inferior ao Chile, que gasta perto de 1,9% —ou, para tomar o exemplo de outro país continental em desenvolvimento, à Índia, que gasta 2,4%. O mais grave é o descompasso entre o aumento, de ano a ano, do gasto em pessoal e a queda do investimento, que, para 2019, ameaça ser substancialmente menor, em termos tanto absolutos como relativos, do que foi, depois de anos de estagnação, em 2018”.

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Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o filósofo ainda destaca que: "as Forças lutam, como sempre fizeram em períodos de aperto, para preservar a formação dos oficiais e os projetos mais importantes. Estão perdendo a batalha. Quase ninguém protesta. Isso ocorre sob o governo com maior presença de militares em nossa história: maior do que nos governos do regime militar. Rompeu-se, de ambos os lados, o contrato implícito na Estratégia Nacional de Defesa. Os militares ganharam o Ministério da Defesa. A Defesa ficou ao relento. Soldo e pensão de militar são o que se discute. Esquecida em tudo o que importa, a Defesa virou, com o lançamento das escolas cívico-militares passadistas, incidente nas guerras culturais a que se dedica o governo Jair Bolsonaro (PSL)”.

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